Economia

Moody’s diz que bancos portugueses continuam vulneráveis

A agência de rating Moody’s está preocupada como risco apresentado por alguns bancos portugueses em conseguirem financiar-se em caso de necessidade. E aponta que o acesso ao mercado pelos bancos portugueses continua vulnerável a choques

Os bancos portugueses continuam vulneráveis a choques externos e podem ter acesso restritivo a financiamento, ou a um custo muito elevado, em caso de necessidade, diz a Moody’s.

A agência de rating destaca, pela positiva, que a desalavancagem do sistema bancário português conjugada com uma base de depósitos estável tem suportado a redução do recurso a financiamento por grosso pelos bancos portugueses.

“Contudo, observamos que os bancos poderão ter acesso restritivo ou a custos muito elevados em caso de necessidade”, refere numa análise divulgada esta terça-feira.

Lembra que eventos recentes têm sublinhado “a persistente vulnerabilidade dos bancos portugueses a choques externos”.

Recorda que a Caixa Geral de Depósitos conseguiu financiar-se em 500 milhões de euros com a emissão de instrumentos AT1 (additional Tier 1 capital) este ano mas com um cupão em 10,75%.

Aponta que o acesso dos bancos portugueses ao mercado é ainda vulnerável devido a choques sistémicos e exógenos. E lembra a polémica criada pela transferência das obrigações do Novo Banco para o Banco Espírito Santo no final de 2017, que expôs os obrigacionistas a perdas significativas.

Destaca que começa a emergir uma diversificação das fontes de financiamento, incluindo duas emissões de obrigações hipotecárias, ambas no montante de mil milhões de euros, do Santander Totta e do BCP.

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