#bolha_nas_techs
Parece irracional e exuberante, com tecnológicas e índices a bater recordes
Parece irracional e exuberante, com tecnológicas e índices a bater recordes
Jornalista
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Ser ou não ser bolha, essa é a questão de um bilião de dólares. Mas ninguém espera que um adivinho se inspire na personagem de Hamlet, criada pelo dramaturgo inglês William Shakespeare, para responder, taxativamente, a esta questão do momento, que poderá ser a trágica fortuna de uns e o sonho de outros. Uma coisa é certa: a Bolsa dos Estados Unidos está, de novo, dominada pela ‘exuberância’, para usar um eufemismo criado pelo Prémio Nobel da Economia Robert Shiller. É, atualmente, a mais cara do mundo, segundo a avaliação da consultora alemã StarCapital. O indicador mais conhecido sobre o nível de ‘bolha’ em Wall Street, o múltiplo criado por Shiller conhecido pela sigla inglesa CAPE, está em máximos de mais de 15 anos. O preço do índice S&P 500 vale mais de 30 vezes a média dos ganhos obtidos pelas cotadas nos últimos dez anos face a uma média histórica de 20 desde o final dos anos 60 e de 17 desde que há registos.
O investidor Warren Buffett prefere outro indicador para o ‘sobreaquecimento’ bolsista norte-americano: o rácio entre a capitalização de mercado e o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. A capitalização bolsista atingiu 134% do PIB em meados de julho, o valor mais elevado desde setembro de 2000, segundo dados da YCharts. A Bolsa nova-iorquina vale 1,3 vezes mais do que toda a economia real do país. No ponto mais baixo do último crash financeiro, em março de 2009, a valorização bolsista era inferior a 50% do PIB.
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