Gonzalo Gortazár, o presidente do CaixaBank, vai estar esta quarta-feira em Lisboa, numa conferência de impresa ao lado de Fernando Ulrich, onde falará sobre a operação depois de ter concluído com sucesso a oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI, confirmou fonte oficial do banco catalão. No âmbito da OPA, que terminou esta terça-feira, foi oferecido 1,134 euros por ação.
O Caixabank, detentor de 45,5% do BPI, precisava de obter apenas 50,1% do capital para que a OPA tivesse sucesso, mas conseguiu bem mais. O acionista de referência português, Violas Ferreira Financial, vendeu grande parte da sua participação, que totalizava 2,68%. A Santoro de Isabel dos Santos também terá vendido os seus 18,5%, participação que a tornavam a segunda maior acionista do banco. A investidora angolana terá obtido uma receita de cerca de 306 milhões de euros. Já se esperava que Isabel dos Santos vendesse, até porque chegou a acordo com o Caixabank e os com os restantes grandes acionistas para a compra pela angolana Unitel de 2% do Banco de Fomento Angola (BFA). Posição que dá o controlo do BFA à Unitel, que no futuro irá largar a sua posição.
O BIC de Fernando Teles, com cerca de 2% do capital também terá vendido a sua posição. Desconhece-se ainda se a alemã Allianz, um dos grandes acionistas do BPI, terá vendido os seus 8,4%.
A grande questão agora, segundo os analistas, é saber com quanto irá ficar o Caixabank no BPI, e se retirará o banco de bolsa caso consiga comprar mais de 90% do capital. Não seria uma boa notícia para a Bolsa de Lisboa, onde da banca com ações cotadas já só resta o BCP e o BPI. Esta quarta-feira poderá haver novidades nesta matéria.
Gonçalo Gortázar remeteu na conferência de imprensa da semana passada, onde apresentou os resultados do Caixabank, todas as questões sobre o futuro do BPI para depois da OPA, ou seja, para esta quarta-feira. Em Barcelona, na sede do Caixabank, Gortázar elogiou a equipa de Fernando Ulrich, dizendo que "fez um trabalho magnífico" durante a crise duríssima que viveu o sector bancário e Portugal.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt