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Maria de Sousa (1939-2020). A mulher que mudou a ciência em Portugal

Maria de Sousa, a cientista que ficará para a história da Imunologia
Maria de Sousa, a cientista que ficará para a história da Imunologia
Lucília Monteiro

É uma referência internacional na área da Imunologia. Mudou a forma de fazer ciência em Portugal. Era membro do Júri do Prémio Pessoa. Morreu na madrugada desta terça-feira, no Hospital São José, em Lisboa, depois de ter sido internada com covid-19 há uma semana

Maria de Sousa (1939-2020) tornou-se famosa muito nova, quando descobriu que os linfócitos não tinham todos a mesma origem. Tinha apenas 27 anos, e era bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Londres, cidade à qual chegara depois de concluída a licenciatura em Medicina, deixando para trás as expectativas da mãe, que gostaria de tê-la visto casada e com filhos, o piano, que aprendeu a tocar ainda criança, e o Conservatório de Música, que frequentou no início da licenciatura.

A sua marca na ciência internacional e nacional vai para além dessa descoberta em início de carreira, até porque Maria de Sousa nunca perdeu a vontade de colocar questões e de procurar as diferenças. A curiosidade e a atenção às pessoas foram características dela, assim como a tendência para dizer a verdade, muitas vezes de modo claro e abrupto. O patologista Manuel Sobrinho Simões não tem dúvidas: “Maria de Sousa foi a mulher que mudou a ciência em Portugal, em conjunto com José Mariano Gago (1948-2015). Eram muito inteligentes e 'super' sérios. Não faziam concessões a si próprios, um ao outro, nem aos outros. Fizeram progredir a ciência sem cunhas, através do mérito e da independência.”

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