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Sem bife, mas com melhor ambiente e sem risco para a saúde

Sem bife, mas com melhor ambiente e sem risco para a saúde
Marcos Borga

A partir de 2020, as 14 cantinas da Universidade de Coimbra vão deixar de ter carne de vaca no menu. O anúncio levou às mais variadas reações, do aplauso à indignação, passando pela ridicularização. Esta não é uma medida inédita face à crise climática. Noutros países também já se baniu o bife das cantinas e a redução das cabeças de gado bovino em Portugal faz parte do Roteiro para a Neutralidade Carbónica.

O reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, aproveitou o momento de receção aos alunos na abertura do novo ano letivo para comunicar que, a partir de 2020, a carne de vaca vai deixar de constar no menu das cantinas. “Num tempo de emergência climática temos de colocar travão à catástrofe anunciada”, frisou o reitor, lembrando que a Universidade de Coimbra se comprometeu em ser neutra em carbono até 2030, “alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU” e com o Roteiro para a Neutralidade Carbónica, aprovado pelo Governo.

Este roteiro nacional prevê a redução de 10% a 25% do número de cabeças de gado estabulado em Portugal até 2050, ou seja metade a um quinto do que chegou a ser equacionado aquando da entrada do documento em discussão pública. Globalmente, o país compromete-se em reduzir 85% das emissões de gases de efeito de estufa até 2050, sendo que os maiores cortes serão nas emissões do sector eletroprodutor e dos transportes (menos 95%) e na indústria (menos 70%), cabendo à agricultura apenas um corte de emissões na casa dos 25%.

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