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Esquerda pressiona PS no caso das viagens

Carlos César garante que cumpriu a lei. Mas a eurodeputada Ana Gomes considera a situação “imoral” e diz que o esclarecimento de Carlos César “não esclareceu nada”
Carlos César garante que cumpriu a lei. Mas a eurodeputada Ana Gomes considera a situação “imoral” e diz que o esclarecimento de Carlos César “não esclareceu nada”
Marcos Borga

Deputado madeirense do BE Paulino Ascenção renunciou ao cargo por admitir que a duplicação de subsídios por deslocações, noticiada sábado pelo Expresso, “foi uma prática incorreta”. PCP quer que o Parlamento “tome posição”. Eurodeputada Ana Gomes considera duplicação de subsídios “inaceitável” e “imoral” e diz que o esclarecimento de Carlos César “não esclareceu nada”. Grupo parlamentar do PS em silêncio sobre a polémica

Esquerda pressiona PS no caso das viagens

Adriano Nobre

Jornalista

A demissão de um deputado do Bloco de Esquerda, um agendamento do PCP para discutir o tema no Parlamento e críticas contundentes ao presidente do PS por parte de uma eurodeputada socialista. É este, para já, o saldo da polémica suscitada pela investigação publicada pelo Expresso na sua edição de sábado sobre a duplicação de subsídios de deslocação a que recorrem alguns deputados à Assembleia da República eleitos pelo PS, PSD e BE nos círculos da Madeira e dos Açores — e que lhes permitem beneficiar financeiramente com o reembolso de viagens que não pagam. Isolado à esquerda pela assunção de “uma prática incorreta” do deputado do Bloco e pela “surpresa” do PCP face ao “expediente” usado por alguns deputados — entre os quais o presidente e líder parlamentar do PS, Carlos César —, os socialistas mantiveram-se em silêncio durante todo o dia. E César não esteve disponível para comentar se admite dar mais explicações sobre o assunto ou se equaciona demitir-se, como o bloquista Paulino Ascenção.

Nem dentro do próprio PS, porém, o assunto é pacífico. E há quem não cale a contestação. “Inacreditável. Inaceitável. Imoral.” Foi com esta tripla adjetivação que a eurodeputada Ana Gomes reagiu logo no sábado à notícia do Expresso sobre a duplicação de subsídios usada por alguns deputados e que lhes permite serem ressarcidos pelo Estado por viagens que não pagam. E embora a situação envolvesse 12 deputados do PS, PSD e BE e discriminasse sete que assumiam fazê-lo, a indignação de Ana Gomes teve um alvo específico: o presidente e líder parlamentar do PS, Carlos César, citado no artigo como tendo recusado responder ao Expresso, exaltado por entender tratar-se de uma questão do foro “pessoal”.

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