É difícil falar de “Squid Game” sem dizer que, assim que saiu em 2021, se tornou num dos maiores fenómenos de audiência da Netflix. Estávamos em plena pandemia e a luta de classes parecia uma excelente escolha televisiva para apontar baterias às desigualdades sociais cada vez mais vincadas pela covid. Sul-coreanos aceitam entrar num jogo onde podem ganhar milhões. Eis o sistema capitalista a devorar os seus cidadãos e a entreter aqueles que mais têm. 465 participantes numa série de provas mortíferas que colocam em cheque aquilo que estaríamos dispostos a fazer para salvar a vida – e a família – que deixámos lá fora. A cor, a estética, a violência e o próprio desenho dos jogos de crianças entusiasmavam todos. Seguiram-se outras experiências como “Alice in the Borderland”, mas o original prometia voltar para uma segunda temporada. E os problemas começaram.
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