Quando escondem as cartas, é mau sinal. Quando só o primeiro dos sete episódios que compõem a nova temporada de “The Last of Us” é divulgado antes de os jornalistas se sentarem a uma mesa redonda virtual com Craig Mazin – o argumentista e realizador que ajudou o criador do videojogo, Neil Druckmann, a transformá-lo numa série de televisão – depreendemos que quem manda está na defensiva, céptico em relação à qualidade do que tem em mãos, e, por isso, para se resguardar da crítica, revela o mínimo possível.
O acesso aos restantes episódios chegou ainda em março, mas só depois das rondas de entrevistas. Vendo o segundo (exibido nos Estados Unidos na noite de domingo e disponível em Portugal no streaming da MAX desde segunda-feira, 21) percebe-se a razão de não os terem mostrado mais cedo. Não foi por receio, foi para evitar que os encontros com a imprensa se tornassem monotemáticas – que só se falasse disso. Do quê? Da vingança de Abby (Kaitlyn Dever). De quem? Da filha do cirurgião que no último episódio da primeira temporada se preparava para dissecar o cérebro de Ellie (Bella Ramsay), na tentativa de encontrar uma cura para a infecção fúngica que deu cano do mundo, quando Joel (Pedro Pascal) irrompe pela sala de operações e lhe mete uma bala na cabeça.
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