Lydia Tár é um daqueles cometas que atravessam o mundo da cultura contemporânea com a fulgurância do génio e o apelo popular dos grandes desportistas e das estrelas de rock. Maestrina tocada pelo dedo de Deus e pela tutoria de Leonard Bernstein que a encaminhou nos primeiros degraus, nunca parou de subir a escadaria de uma profissão difícil, mais ainda para uma mulher. Agora está no topo do mundo da música clássica — tem a titularidade da Filarmónica de Berlim, nada menos — depois de ter passado pelas orquestras de Cleveland, Filadélfia, Chicago, Boston e Nova Iorque, não exatamente da 2ª divisão.
Ainda arranjou tempo, energia e criatividade para compor para cinema, teatro e televisão, aliás, pertence ao reservadíssimo ‘clube’ dos EGOT (personalidades que ganharam um Emmy, um Grammy, um Óscar e um Tony). E está em vias de cumprir uma das grandes metas da sua vida: gravar a “5ª Sinfonia” de Mahler, a tal que tem um mistério, nas suas próprias palavras. Há ainda um trabalho adjacente que Lydia faz: tutorar jovens instrumentistas escolhidas entre as melhores das melhores que deve encaminhar para a tal escada ascensional como Bernstein fez com ela.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt