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Êxito que marcou os anos 80, “O Lugar do Morto” está de volta ao cinema e deixa-nos a pensar: porque é que Portugal já não faz filmes assim?

Pedro Oliveira, jornalista, e Ana Zanatti, apresentadora de televisão, foram os não atores escolhidos por António-Pedro Vasconcelos para protagonistas
Pedro Oliveira, jornalista, e Ana Zanatti, apresentadora de televisão, foram os não atores escolhidos por António-Pedro Vasconcelos para protagonistas

40 anos depois, “O Lugar do Morto”, de António-Pedro Vasconcelos, regressa a uma sala de cinema de Lisboa, em cópia restaurada pela Cinemateca. A melhor homenagem possível ao realizador, que morreu há um ano, é verificar que o filme dura

Êxito que marcou os anos 80, “O Lugar do Morto” está de volta ao cinema e deixa-nos a pensar: porque é que Portugal já não faz filmes assim?

Jorge Leitão Ramos

Crítico de Cinema

No dia 25 de outubro de 1984, os jornais de Lisboa publicaram um anúncio destacado. Ali se dizia, com fundo de beijo apaixonado entre Pedro Oliveira e Ana Zanatti: “Hoje estreia ‘O Lugar do Morto’”, e precisavam-se as salas: Castil e Vox, em Lisboa, Lumière, no Porto, e Salão Central Eborense, em Évora. Na realidade, era uma publicidade um tudo-nada enganosa, pois o filme estreara, solitariamente, no Lumière na semana anterior. Mas, como se dizia, Lisboa é o país e o resto é paisagem, e era a entrada na capital do Castil e do Vox que marcava, com a adjacência bizarra e inédita do cinema eborense na lista. Tudo salas desaparecidas na voragem dos anos, à exceção da de Évora, que, após décadas de abandono e ruína, foi tomada pela autarquia, sofreu obras profundas e reabriu como equipamento cultural da cidade.

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