
Mark Cousins realiza o documentário “Marcha sobre Roma”, um ensaio que quer mostrar como a iconografia fascista subsiste na Roma contemporânea
Mark Cousins realiza o documentário “Marcha sobre Roma”, um ensaio que quer mostrar como a iconografia fascista subsiste na Roma contemporânea
O novo documentário ensaístico de Cousins (cujo título alude ao mito fundador do regime fascista de Mussolini) começa por dizer-nos como irá acabar, revelando também nesse gesto um dos propósitos que o anima. Não é por acaso que a sua primeira sequência é composta por excertos de uma entrevista televisiva, na qual Donald Trump é confrontado com o facto de ter citado uma célebre frase do ditador italiano. Como então se sugere (e depois se confirmará), tratar-se-á, neste doc, de desenhar um arco histórico, que vá dos anos 20 do século passado aos nossos dias, para interrogar a ascensão, queda e ressurreição do fascismo — ou, pelo menos, de regimes que recuperam alguns dos seus elementos ideológicos. Mas se o fascismo é o tema do filme (narrado em off pelo próprio Cousins), o cinema, esse, será o seu instrumento preferencial de análise.
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