
Nesta fábula distópica de Thomas Cailley, uma relação paterna é posta à prova por um vírus que transforma pessoas em criaturas mutantes. “Reino Animal” abre sem medo as suas portas ao fantástico
Nesta fábula distópica de Thomas Cailley, uma relação paterna é posta à prova por um vírus que transforma pessoas em criaturas mutantes. “Reino Animal” abre sem medo as suas portas ao fantástico
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Na longa-metragem anterior que foi também a da sua estreia, “Os Combatentes” (2014), com uma estupenda Adèle Haenel no elenco, Thomas Cailley (n. 1980), jovem valor do cinema francês atual, partia de uma tonalidade realista e acabava, ainda que com certa timidez, a fazer a corte ao fantástico — mas era o que bastava para escapar ao costumeiro. Desse primeiro passo, trouxe Cailley para “Reino Animal” o gosto pela emboscada. Já em relação ao fantástico, estamos mais do que conversados, aqui ele é assumido desde a primeira cena. Quando o filme começa, já as personagens estão no olho do furacão, envolvidos no desastre, a lidar com o mistério, como tantas vezes acontece no cinema de Shyamalan. François e Émile (Romain Duris e Paul Kircher), pai e filho de 16 anos, são já uma família amputada desde o primeiro instante.
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