
“Não Sou Nada — The Nothingness Club” é uma abordagem cinematográfica sem par à obra do génio das letras em tumulto com os seus heterónimos, trip delirante do ego. Um filme único que se estreia na próxima quinta-feira
“Não Sou Nada — The Nothingness Club” é uma abordagem cinematográfica sem par à obra do génio das letras em tumulto com os seus heterónimos, trip delirante do ego. Um filme único que se estreia na próxima quinta-feira
texto
Ao longo destes 30 anos de trabalho, que são um 'espanto' incomparável na história de cinema (“O Espectador Espantado” é, de resto, o título da sua tese de doutoramento), ao longo desta jornada em que sempre se preferiu do autor os capítulos de experimentação pura, única, inimitável, e dos quais só o “Doktor Ego” tem acesso ao copyright, houve momentos, espaçados, nem sempre conseguidos, em que Edgar Pêra se atreveu a trilhar o caminho de um cinema mais narrativo e enquadrado, recorra-se às aspas, num ‘gosto comum’. “Não Sou Nada — The Nothingness Club” é porventura a fusão mais potente de Pêra destes dois campos, o experimental e o narrativo, em jeito de thriller psicológico que se vai definindo como tal. Não é de todo a primeira vez que Pêra recorre à literatura como ponto de partida, recorde-se a inspiração em Almada Negreiros do fulgurante “SWK4”, ou “Rio Turvo” e “O Barão”, baseados em Branquinho da Fonseca, como exemplos. Esta entrada no complexíssimo universo de Fernando Pessoa tem talvez o condão de marcar um antes e um depois no percurso do cineasta.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt