Há uma semana, no Palácio da Ajuda, no fim do quarto conselho de ministros em 15 dias, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, na presença do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, anunciou 25 medidas para o setor. Nenhum dos pontos incluía o ambicionado reforço da autonomia dos diretores de museus, monumentos e palácios nacionais. No entanto, esta foi a primeira pergunta colocada pelos jornalistas porque o tema é uma preocupação central e que poderá ter consequências nas lideranças das instituições.
A ministra respondeu, começando por explicar ter herdado um “quadro jurídico e administrativo complexo”, desde a criação da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) e do Instituto do Património Cultural. Um desenho orgânico do qual disse discordar por colocar “o património em situação de assimetria”, associado à receita e à tipologia de cada instituição. E acrescentou que era “fundamental retificar algumas ações que não reconheciam a importância da autonomia”, a começar “pela recuperação dos atrasos na realização de concursos para diretores” das mais de três dezenas de instituições tuteladas pelo ministério. Os processos de seleção estão em curso e poderão trazer novidades.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CAMartins@expresso.impresa.pt