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Cultura

No Mindelo, a arte faz-se à sombra de um tamarindeiro

Grupo do CNAD. Luísa Queirós é a primeira de pé, à esquerda, Bela Duarte, a terceira, e Manuel Figueira, o sexto.
Grupo do CNAD. Luísa Queirós é a primeira de pé, à esquerda, Bela Duarte, a terceira, e Manuel Figueira, o sexto.
Leão Lopes

Centro de Arte, Artesanato e Design de Cabo Verde, que surgiu da independência do país e da persistência de três amigos, encerra ciclo de homenagem aos fundadores e projeta futuro como vértice de ligação entre a África e a Europa

Na cidade do Mindelo, com o sol quente que o vento a alivia, à vista do mar e da sombra da Ilha de Santo Antão, na Praça Nova, agora Praça Amílcar Cabral, encontra-se uma casa do século XIX cercada de acácias e com um único tamarindeiro no quintal. Resquício do período colonial, a antiga residência do senador Vera-Cruz poderia ser só isso, um símbolo do passado. No entanto, do rés do rés do chão fez-se muito mais, fez-se um local comprometido com a arte, a preservação da memória e a construção do futuro dos artistas plásticos cabo-verdianos.

Num país jovem, com menos meio século, o Centro de Arte, Artesanato e Design (CNAD) tem já história para contar. Nasceu do espírito revolucionário de um grupo empenhado em conservar a tradição, apostar na formação e na divulgação do trabalho dos artistas de Cabo Verde, nomeadamente de um homem e duas mulheres: Manuel Figueira, Luísa Queirós e Bela Duarte. Três amigos que, tendo se conhecido em Portugal, foi no arquipélago que fincaram vontades e, depois de muito esquecimento, têm agora o legado recuperado e homenageado.

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