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Seis razões que ajudam a entender como uma obra-prima de Domingos Sequeira está à venda em Espanha

Descida da Cruz (ou Calvário) de Domingos Sequeira
Descida da Cruz (ou Calvário) de Domingos Sequeira

A saída de uma obra-prima da pintura portuguesa para o mercado externo divide opiniões, mas há perguntas que continuam por responder. O ministro da Cultura defende que o caso ainda não está encerrado, mas não explica por que razão é que os pareceres técnicos que defendiam a permanência da obra em Portugal - através da classificação de “Descida da Cruz” como um Bem de Interesse Público - não foram atendidos

Na passada sexta-feira, o Expresso revelou que Descida da Cruz”, uma das mais importantes pinturas de Domingos Sequeira (1768-1837), saiu do país e está à venda em Madrid na Galeria Colnaghi, durante um ano. O valor atribuído foi de €1,2 milhões.

A 6 de novembro de 2023 deu entrada na Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) um requerimento de exportação temporária para eventual venda” da obra Descida da Cruz”, de Domingos Sequeira, de 1827. A pintura é propriedade de Alexandre de Souza e Holstein, descendente do duque de Palmela, que comprou o conjunto de pinturas à filha do artista.

Em 2015, uma mobilização nacional permitiu que o MNAA adquirisse por cerca de €600 mil, a obra Adoração dos Reis Magos”, que integra este conjunto de pinturas de Domingos Sequeira.

O Expresso colocou as perguntas e tentou dar as respostas às questões fundamentais sobre a perda deste património. Apesar de questionado desde sexta-feira, o Ministério da Cultura não respondeu ao Expresso. Ao “Público”, esta terça-feira, o gabinete de Pedro Adão e Silva revelou que tentará comprar o conjunto de pinturas de Domingos Sequeira e avança que ainda esta semana deverá se reunir com os proprietários das pinturas. A questão agora é saber quanto o Estado terá de gastar para efetuar as aquisições.

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