Um ano a preparar e um ano a celebrar: após o take over da representação em Portugal da Pandora pela Visão do Tempo, a marca dinamarquesa gere diretamente as 34 lojas existentes no território e tem planos consideráveis para investimento. Em 12 meses, a Pandora excedeu todas as expectativas crescendo mais de 30%, o que favorece os planos ambiciosos para Portugal desta grande marca de joalharia mundial. Olivier Kessler-Gay, o general manager do grupo Pandora para a Europa Ocidental, garante estar a falar de uma história de sucesso quando descreve ao Expresso a fórmula vencedora: Portugal gosta da Pandora e a Pandora gosta de Portugal.
Passou um ano desde que a Pandora tomou o mercado português e o Olivier é responsável pela Pandora Europa Ocidental, o que compreende essa área?
Portugal, Espanha e França, três grandes países com uma maturidade completamente diferente. Celebramos agora a passagem de um ano sobre o início da gestão direta em Portugal e estou muito contente com os resultados.
Um take-over é normalmente um termo associado a uma operação agressiva.
A Pandora é uma marca recente em termos das grandes marcas de joias mundiais, tem 40 anos, mas tornou-se uma marca grande desde há 20 anos. E ainda mais quando passou a ser cotada na Dinamarca, em 2010. A marca existia em Portugal desde 2006 e teve logo muito sucesso, mas foi um risco para os sócios da Visão do Tempo. Eles viram o potencial e arriscaram quando a Pandora ainda era pouco conhecida e chegou aqui antes de outros países maiores. Estamos muito agradecidos pelo trabalho que fizeram começando com quase nada e chegando, em 15 anos, a uma rede de 35 lojas. A Pandora é a marca nº1 em Portugal, dizem os estudos. Sabíamos que havia aqui fundações fortes e que tínhamos ótimos parceiros. A opção não foi agressiva, às vezes há parceiros que estão adormecidos, mas aqui a beleza estava acordada e ativa. O que vimos foi uma boa oportunidade de fazer ainda melhor com uma gestão direta. Investimos mais. Podemos fazer crescer a Pandora e temos grandes ambições. Era o momento certo para nós. A beleza da Pandora é ser uma marca inclusiva, que não fala aos happy few, mas a uma faixa alargada da população. Mesmo com o abrandamento global da economia as vendas aqui aumentaram mais do que esperávamos.
Quanto?
Mais de 30%, o que é extraordinário! E com uma aceleração notória na segunda parte do ano de 2022.
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