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Há 60 anos, Paul McCartney viu os Beatles a mudar o mundo: ainda bem que tinha uma máquina fotográfica nas mãos

George Harrison, 1964. Nesta exposição, a maior parte das imagens é a preto e branco. Mas na última sala da exposição, dedicada às fotografias tiradas em Miami, há uma explosão de cor e de luz
George Harrison, 1964. Nesta exposição, a maior parte das imagens é a preto e branco. Mas na última sala da exposição, dedicada às fotografias tiradas em Miami, há uma explosão de cor e de luz
Paul McCartney

Um vasto conjunto de fotografias tiradas por Paul McCartney, que se julgavam perdidas, reaparecem agora numa exposição fascinante na National Portrait Gallery, em Londres. “Photographs 1963-64: Eyes of the Storm” é o registo único de um período louco em que o mundo mudaria para sempre

Há 60 anos, Paul McCartney viu os Beatles a mudar o mundo: ainda bem que tinha uma máquina fotográfica nas mãos

Paulo Anunciação

Correspondente em Londres

Em outubro de 1963, a imprensa britânica inventou a palavra “Beatlemania”. A histeria frenética em redor dos Beatles nasceu nesse ano e está bem documentada — veja-se, por exemplo, o excelente “A Hard Day’s Night”, o filme de Richard Lester estreado no verão seguinte. (Só chegou a Portugal em 1965, com muitos cortes da censura, e com o título deliciosamente absurdo de “Os 4 Cabeleiras do Após-Calypso”.) Mas como terá sido a vida dentro do furacão da “Beatlemania”? Uma exposição na National Portrait Gallery, em Londres, é um testemunho único desse momento de viragem durante o qual a banda de Liverpool se afirmou como enorme sensação mundial. “Paul McCartney, Photographs 1963-64: Eyes of the Storm” mostra cerca de 250 fotografias que McCartney julgava ter perdido para sempre. Estavam esquecidas nos arquivos pessoais do músico e foram redescobertas por acaso, em 2020, durante os trabalhos de pesquisa para uma exposição de fotografia de Linda Eastman, primeira mulher de Paul. “Lembrava-me de ter feito fotografias quando éramos todos muito jovens e os Beatles estavam a rebentar por aí. Mas julgava que elas tinham desaparecido”, explica Paul McCartney no catálogo da exposição. “Na década de 1960 ninguém trancava as portas. Perdi tanta coisa”, diz.

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