Cultura

A palavra do ano foi "guerra" e não houve qualquer batalha para ser a escolhida

A palavra do ano foi "guerra" e não houve qualquer batalha para ser a escolhida
OLEG PETRASYUK

A maioria foi clara: para 53,3% dos portugueses que votaram, a palavra que marcou o ano de 2022 foi “guerra”. Num ano de ansiedades e de perdas, a lista das dez mais é significativa, sem espaço para otimismos

A invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro de 2022, deu início ao maior conflito militar na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e os portugueses perceberam o impacto deste acontecimento histórico. A palavra mais votada para identificar o último ano foi “guerra”. Segundo a Porto Editora, responsável pela iniciativa, este vocábulo foi eleito "com o maior valor percentual de votos de sempre". Votaram 36 mil internautas, que, em segundo lugar, escolheram a palavra “inflação” (18,8%).

Entre as palavras candidatas surgiam ainda abusos, ciberataque, energia, inflação, juros, nuclear, seca e urgências. A completar a lista das dez mais votadas surge “rainha”, palavra escolhida por influência da morte de Isabel II.

A iniciativa da Porto Editora, que tem como principal objetivo “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida”.

A empresa explica ainda, na sua página eletrónica, que a lista de palavras candidatas “é produto do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa levado a cabo pela Porto Editora através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais como no registo de consultas online e mobile dos dicionários da Porto Editora, tendo em consideração também as sugestões dos portugueses através do site www.palavradoano.pt”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CAMartins@expresso.impresa.pt

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