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HBO Max vai expandir-se por mais 60 países

HBO Max vai expandir-se por mais 60 países

Com oferta distinta e diferenciada e linhas de produção oleadas, a HBO Max vai alargar o raio de ação e faz contas de chegar este ano a mais 60 países. Nos Estados Unidos prepara-se para lançar uma versão com publicidade incluída no princípio do verão, para contrariar o crescimento muito aquém das metas estabelecidas e enfrentar os adversários que vingam na guerra do streaming. A Disney+ chegou já aos 100 milhões de subscritores

A plataforma de streaming da WarnerMedia (detida pela telco AT&T) prevê disponibilizar o seu catálogo a mais 21 países europeus na segunda metade do ano e a pelo menos mais 39 países da América Latina e das Caraíbas já no próximo mês de junho. A AT&T deixou para mais tarde o anúncio sobre quais os territórios a que a HBO Max vai chegar nos próximos meses.

Nascida há menos de um ano no hiperconcorrencial mercado do vídeo por subscrição norte-americano, a HBO Max fechou as contas de 2020 com um total de 17 milhões de assinantes ativos no país e estima chegar aos 70 milhões no fim deste ano - somando os subscritores norte-americanos aos que virão a subscrever o serviço por esse mundo fora. Este processo de alargamento da rede de distribuição tem aliás por meta fazer com que a HBO Max consiga agregar até 150 milhões de clientes até ao final de 2025. A ofensiva pela conquista de mais e mais espetadores passa igualmente pelo lançamento de uma versão da HBO Max em regime AVoD (“Ad-based Video on Demand”) nos Estados Unidos já dentro de três meses.

Para contrariar o frágil crescimento, bastante abaixo das metas estabelecidas, a companhia entra também no campeonato da distribuição digital não-linear com publicidade incluída, o que torna o acesso mais barato, apesar das limitações de partida sobre o catálogo de conteúdos. A subscrição mensal da HBO Max tem um custo atual de 12,55 euros (para não assinantes dos restantes canais HBO).

Pioneira na oferta simultânea nas duas modalidades (AVoD e SVoD – com e sem publicidade, portanto), a Peacock registou prejuízos no fecho de contas de 2020. Lançada nos Estados Unidos em meados de julho do ano passado, a plataforma da NBCUniversal (detida pela telco Comcast), não obteve receitas que fizessem frente às despesas dos primeiros cinco meses e meio de operação. Na apresentação de contas, a Comcast anunciou uma perda ajustada de 764,95 milhões de euros, apesar de a plataforma ter angariado 33 milhões de assinantes até ao final do ano passado. A Comcast não disse, porém, quantos são pagantes e quantos subscreveram o AVoD gratuito.

Por outro lado, e ao fim de dezasseis meses de caminho feito, a Disney+ é um “sucesso de bilheteira”. Ultrapassou os cem milhões de subscrições pagas o que levou Bob Chapek, o CEO da Disney, a anunciar “o incremento do investimento no desenvolvimento de conteúdos de alta qualidade” por ocasião do encontro anual com investidores. Chapek tornou pública a intenção de vir a produzir mais de cem novos títulos por ano, considerando as marcas que compõem o portefólio da plataforma (Disney Animation, Disney Live Action, Marvel, Star Wars e National Geographic). A Netflix, líder global do streaming, detém uma carteira acima dos 200 milhões de assinantes.

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