As obras estão na sua fase final. Falta pouco para serem dadas como terminadas ainda no primeiro semestre deste ano. A seguir, terá lugar a transposição do Tesouro Real para a sua casa permanente, e ainda a adaptação e montagem de toda a estrutura móvel ao novo espaço do Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Pelo meio, está a instalação de um sistema de segurança ao mais alto nível, dentro e fora da caixa-forte gigante que reivindica para si toda a centralidade do espaço. E assim, com todos os cuidados e pormenores, o Museu do Tesouro Real vai abrir em data a anunciar brevemente com a magnificência de outros tempos. Aqueles em que Portugal se orgulhava de ser “o senhor dos diamantes de todo o mundo”, como está escrito, há quase 300 anos, num alvará do guarda-joias da casa real que constará daquele que é já o espaço museográfico mais esplendoroso do país.
Fechando a ala poente do palácio real, o museu, totalmente contemporâneo, apresenta-se como uma estrutura em vidro atravessada por lâminas verticais. Lá de dentro vê-se o esplendor de toda a paisagem que chega ao estuário do Tejo, e, de fora, a fachada despojada quase parece um todo de pedra. Imponente, sim, com uma escala monumental também, o edifício projetado pelo arquiteto João Carlos Santos, também subdiretor-geral da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), guarda a sumptuosidade necessária para acolher o nosso maior tesouro, escondido do público quase desde sempre.
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