Coronavírus

Medina denuncia paragem de rastreios a casos positivos. “Não é normal não haver inquéritos ao fim de semana. O vírus não descansa”

Medina denuncia paragem de rastreios a casos positivos. “Não é normal não haver inquéritos ao fim de semana. O vírus não descansa”
Tiago Miranda

Presidente da Câmara de Lisboa volta a fazer críticas ao combate à pandemia e rejeita cerca sanitária para a região

Medina denuncia paragem de rastreios a casos positivos. “Não é normal não haver inquéritos ao fim de semana. O vírus não descansa”

Liliana Valente

Coordenadora de Política

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, voltou às críticas à gestão local da pandemia na região de Lisboa. O autarca, que tem sido ele próprio alvo de críticas depois de se ter atirado às autoridades de saúde locais, justificou com alguns casos o que disse, nomeadamente o facto de os inquéritos epidemiológicos, que têm como objetivo chegar a potenciais infetados por cada caso positivo, não serem feitos fora do horário normal de trabalho. "Não acho que seja normal haver interrupções de inquéritos epidemiológicos ao fim de semana. O vírus não tira fins de semana, feriados. Não descansa", disse em entrevista à RTP.

O autarca apontou ainda ao dedo às falhas nos dados que estão disponíveis. Disse Fernando Medina que foram identificados casos nos trabalhadores temporários e em jovens mas que em determinadas franjas da população os números são os mesmos "há três ou quatro semanas". "Todos os dias estamos a ouvir declarações que não têm uma base, que depois vemos desmentidas. Por isso o que digo é que quando se fez esse diagnóstico [de quais são os problemas], e 3 a 4 semanas continuávamos com os mesmos números... mas as pessoas [infetadas] já eram outras."

Perante a falta de bases sólidas para avaliar o problema, defende Medina, é "preciso um exército maior na saúde pública". O autarca referiu que já tem sido feito um esforço nesse sentido mas que é preciso um "grande sentido de urgência na concentração de recursos". "É preciso fazer mais e mais rápido do que estamos a fazer agora."

Questionado sobre o porquê de não ser considerada uma cerca sanitária como foi decretada em Ovar, Medina recusou que seja esse o "instrumento" adequado a este caso, uma vez que estamos a falar de uma concentração em 19 freguesias com grande comunicação entre si "que contêm cerca de um milhão de pessoas". "O instrumento adequado é testar rápido", defendeu.

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