Coronavírus

Portugal terá dois milhões de vacinas para a próxima época gripal, diz secretária de Estado Adjunta e da Saúde

Portugal terá dois milhões de vacinas para a próxima época gripal, diz secretária de Estado Adjunta e da Saúde
VALENTYN OGIRENKO/REUTERS

“Esta epidemia continuará a colocar-nos permanentes desafios e adversidades, que queremos e vamos ultrapassar”, acrescentou Jamila Madeira. Já a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, justificou o menor reforço de testagem com a diminuição do número de sintomáticos. E lembrou que as orientações internacionais vão no sentido de testar, com prioridade, todas as pessoas que apresentem sintomas, que atualmente são menos

A secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, anunciou esta quarta-feira “a maior compra de sempre de vacinas contra a gripe em Portugal: dois milhões de vacinas, mais 38% de aquisição”. O objetivo é “salvaguardar que mais portugueses, numa circunstância também de maior risco, estarão protegidos no próximo inverno”, disse, acrescentando: “estamos a focar-nos sobretudo nos mais vulneráveis”.

“O Serviço Nacional de Saúde deve e continuará a ser a muralha que nos defende e protege, a rede insubstituível, um instrumento de igualdade e segurança para todos os portugueses, no qual continuamos a acreditar e a confiar”, afirmou ainda Jamila Madeira na conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde sobre a situação epidemiológica no país.

“Não podemos nem perder o foco por razões ligadas à dimensão económica ou à dimensão emocional, nem esquecer que estamos no meio de uma pandemia e que temos de ter as regras de higiene, distanciamento social e etiqueta respiratória devidas para que esta não vença. Agora, como antes, devemos manter o foco e a disciplina na recomendação das recomendações, agora redobradas, exercendo a responsabilidade individual que nos é devida enquanto membros de uma comunidade e, como sempre dissemos, enquanto agentes de saúde pública”, disse a secretária de Estado.

Jamila Madeira deixou o alerta: “esta epidemia continuará a colocar-nos permanentes desafios e adversidades, sobretudo adversidades no nosso, como noutros países, que queremos e vamos ultrapassar”.

Menos sintomáticos, menos testes. “É natural”, diz Graça Freitas

Ao seu lado, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que o número de testes de diagnóstico da covid-19 realizados em Portugal acompanha a evolução da situação epidemiológica, justificando o menor reforço de testagem com a diminuição do número de sintomáticos. É natural que à medida que a nossa epidemia vai tendo menos pessoas que apresentam sintomas, sejam testados menos indivíduos do que estavam a ser testados antes, explicou.

Questionada sobre o menor número de testes, a diretora-geral esclareceu que as orientações internacionais vão no sentido de testar, com prioridade, todas as pessoas que apresentem sintomas, que atualmente são menos. Por outro lado, acrescentou, também são colocados sob vigilância os contactos próximos de todos os doentes infetados mas, mesmo nesses casos, a relevância dos testes é relativa.

O teste, mesmo que dê negativo, implica que o contacto próximo de um doente tenha de ficar, por precaução, 14 dias em isolamento, portanto nem é o teste que determina o que vamos fazer a seguir, sublinhou Graça Freitas, considerando que o país tem sido sempre muito assertivo nesta política de testes.

Sobre o mesmo assunto, Jamila Madeira assegurou que o país mantém uma forte capacidade de testagem e que essa capacidade será ativada sempre que se mostre necessário. A secretário de Estado referiu ainda que a política de testagem foi reforçada na fase inicial do período de desconfinamento, sob uma lógica de rastreio massificado, e que atualmente essa política acompanha a evolução do número de casos.

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