Há 46 dias que os residentes dos lares não recebem visitas de familiares ou amigos nem saem para os ver. A nível nacional, as portas das instituições fecharam-se a 16 de março como forma de travar a entrada ao novo coronavírus — havia então no país 331 infetados e zero mortos — e ainda não é possível apontar uma data certa ou sequer um mês para o levantamento da suspensão, revela ao Expresso a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).
“Sabemos que é difícil, mas é uma questão de segurança, de proteção, atendendo à enorme fragilidade desta população”, explica Ana Mendes Godinho. E a decisão é inflexível nas condições: “Primeiro é preciso eliminar riscos, reduzir ao mínimo o perigo de contágio, e é isso que estamos a fazer ao testar todos os funcionários de lares — o perigo vem de fora — e idosos sintomáticos a nível nacional, o que deverá estar concluído daqui a duas ou três semanas. Soma-se a isso a formação dos trabalhadores em questões de segurança e o reforço dos recursos humanos. E, mesmo assim, só se avançará com datas quando a avaliação técnica da Direção-Geral da Saúde (DGS) o permitir.”
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