O objetivo é grande: ter disponível para a população uma vacina contra o Covid-19 antes do final do ano. De acordo com o jornal britânico “The Guardian” um grupo de investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, está a desenvolver esta vacina e os testes em humanos devem começar dentro de um mês.
O laboratório Public Health England (PHE) dá conta que as experiências em animais estão previstas para a próxima semana. E, se, entretanto, os primeiros testes com um grupo pequeno de pessoas correrem bem, de imediato os investigadores vão testar num grande grupo, uma tentativa de desenvolver o mais rapidamente possível e disponibilizar a vacina.
“Estamos consciente que a vacina é necessária o mais rapidamente possível e certamente em junho-julho que é quando esperamos um pico da mortalidade”, referiu Adrian Hill, do Instituto Jenner de Oxford. “Esta não é uma situação normal. Vamos começar os testes com todos os requisitos de segurança, mas assim que a vacina comece a funcionar posso antecipar que vamos acelerar para salvarmos vidas. Quanto mais cedo conseguirmos disponibilizar mais vacinas, melhor.”
Esta quinta-feira, as autoridades britânicas anunciaram 35 vítimas mortais devido à Covid-19 no país. No total, há 3.269 infeções confirmadas.
A vacina que está a ser estudada recorre a uma réplica não prejudicial do vírus, que é inserido nas células para produzir proteínas que ajudam a desenvolver a imunidade ao vírus. Alguns estudos anteriores sugerem que a vacina deve conseguir o resultado desejado apenas com uma só dose.
Ainda esta semana, a China anunciou estar pronta para testar uma vacina em humanos. Também os Estados Unidos e a Alemanha estão a tentar desenvolvê-la. Os norte-americanos garantem que já começaram os testes de uma nova vacina em humanos, enquanto os alemães, que ainda não iniciaram testes, já têm um laboratório “que está a trabalhar numa tecnologia promissora para desenvolver uma vacina contra o coronavírus”, nas palavras de Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.
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