Coronavírus

COVID-19. Empresário de Campanhã e Câmara do Porto montam unidade de produção de máscaras cirúrgicas

Em 24 horas, empresário do Porto conseguiu a matéria-prima indispensável ao fabrico de máscaras e disponibilizou-se a parar a sua produção para a indústria hoteleira para acautelar o seu fornecimento aos funcionários municipais que contactam com o público, bombeiros e empresas de transporte de passageiros

COVID-19. Empresário de Campanhã e Câmara do Porto montam unidade de produção de máscaras cirúrgicas

Isabel Paulo

Jornalista

A Câmara do Porto e uma empresa de Campanhã desenvolveram nos últimos dias um projeto para iniciarem imediatamente a produção de máscaras de proteção pessoal, do tipo cirúrgico. O 'nicho' alvo são os funcionários municipais que contactem com público, mas as máscaras produzidas localmente também poderão vir a ser distribuídas pela autarquia à rede social, corporações de bombeiros voluntários e às empresas de transporte, como STCP.

Em comunicado, a autarquia conta que a ideia surgiu quando um empresário de Campanhã contatou o gabinete de Rui Moreira para dar os parabéns ao município pelo seu trabalho no combate à Covid-19, disponibilizando-se também para ajudar a cidade. “Contactado pelo gabinete da presidência, acabou a conversa por conduzir à ideia de produzir material de proteção”, adianta a assessoria do município.

Em 24 horas, o empresário conseguiu a matéria-prima adequada, disponibilizando-se a parar a sua produção para clientes, que eram sobretudo da indústria hoteleira, reconvertendo a unidade produtiva, com cerca de 20 funcionários, numa linha de produção de máscaras.

A quantidade que conseguirá produzir não está ainda apurada, mas calcula-se que possa produzir o suficiente para alimentar as necessidades básicas dos operacionais do município e ainda ceder equipamentos a outras instituições, assegurando a Câmara do Porto os custos inerentes à operação.

Em estudo está também a possibilidade da produção na mesma unidade de equipamentos de proteção individual para os hospitais, caso estes venham a escassear e a entrar em rotura.

Desta forma, a Câmara do Porto evita pagar preços especulativos (que já se praticam no mercado em materiais importados) e espera poder ajudar a proteger também os muitos voluntários que em instituições de solidariedade ou bombeiros voluntários estão nesta altura a ficar expostos à doença. É também uma forma de manter uma unidade fabril da área do Porto em funcionamento e a economia a funcionar, substituindo importação por produção nacional.

A proximidade da fábrica do empresário de Campanhã ao local onde os materiais serão consumidos encurta, por outro lado, os tempos e custos de transporte e permitirá entregas diárias que possam satisfazer as necessidades do município a custos mais reduzidos do que encontraria no mercado inflacionado.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IPaulo@expresso.impresa.pt

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