20 Anos Guia Boa Cama Boa Mesa
A primeira edição do então “Livro da Boa Cama e da Boa Mesa” distinguiu 25 alojamentos com Chave de Ouro. Passaram 20 anos e, ainda que a grande maioria se mantenha de portas abertas, há a registar encerramentos definitivos. Recorde os vencedores e surpreenda-se com alguns dos nomes que lideravam a hotelaria nacional em 2003.
Um “livro para bem viver”. Assim se apresentava aos leitores a primeira edição do então chamado de “Livro da Boa Cama e da Boa Mesa”, relativo a 2003. Dividido por regiões, o guia apresentava uma seleção de restaurantes, esplanada, bares, discotecas e hotéis. “Não quisemos, porém, limitar-nos a publicar uma lista de estabelecimentos. Fomos mais longe. Assumimos o risco da escolha. E, assim, criámos um quadro de honra para os hotéis e restaurantes”, explica o editorial do primeiro guia. Nasceram, desta forma, os famosos “Garfo de Ouro”, para restaurantes, e “Chave de Ouro”, para os alojamentos.
A poucos dias da apresentação do Guia Boa Cama Boa Mesa 2023, disponível a partir de 31 de março, fica o convite para recordar os primeiros 25 vencedores de 2003:
Pousadas de Portugal dominam prémios
Em 2003, entre os 25 premiado com Chave de Ouro contavam-se sete Pousadas de Portugal: Arraiolos, Convento de Belmonte, Flor da Rosa, Lóios, Santa Maria do Bouro, Santa Marinha e Solar da Rede. Curiosamente, este foi o ano em que o grupo Pestana assumiu a gestão deste portefólio. Ao longo dos anos, alguns destes alojamentos foram concessionados a novas entidades, com destaque para o Convento de Belmonte que, muito recentemente, voltou a mudar de mãos. Esperam-se, para breve, obras de requalificação no edifício. Também a Pousada Solar da Rede, em Mesão Frio, no Douro, que encerrou em 2012, mas que poderá ser recuperada em breve.
Madeira em destaque
Para além das sete pousadas, o então “Livro da Boa Cama e da Boa Mesa”, premiou quatro hotéis na ilha da Madeira, já na época um apetecido destino turístico. Estalagem Quinta da Casa Branca, Hotel Cliff Bay Resort e Hotel Reid’s ganhavam destaque na oferta hoteleira e ainda hoje se mantêm entre os melhores do arquipélago. Foi também premiado o projeto Choupana Hills, que acabou parcialmente destruído na vaga de incêndios de 2016, com consequente encerramento. Atualmente nas mãos da cadeia portuguesa Lux Hotels, que vai reabilitar a unidade hoteleira. Como curiosidade, outros dos vencedores em 2003 foi o Hotel Forte S. João Baptista, em Vila do Conde, que na época se destacava pelos interiores de Paulo Lobo. O hotel fechou e o espaço ganhou nova fama enquanto discoteca ao ar livre. Recentemente foi objeto de nova concessão apenas para restauração e bebidas.
Sintra encanta mais que Algarve
Na lista dos 25 premiados em 2003 destacam-se ainda três hotéis em Sintra, todos ainda em operação, ainda que tenham sido objeto de maiores ou menores processos de intervenção e modernização, bem como conhecido novos proprietários. Assim, o Hotel Lawrence’s, considerado o mais antigo da Península Ibérica, o Hotel Palácio de Seteais, atualmente gerido pelo grupo Tivoli, e o Hotel Penha Longa, agora com nova entidade proprietária, mas gerido, desde dezembro de 2003, pela Ritz-Carlton, do grupo Marriott. Em Lisboa, um dos hotéis distinguidos foi o Hotel Carlton Palace, nome pelo qual eram comercializado os quartos e o restaurante do atual Pestana Palace. Hotel da Lapa, Hotel Avenida Palace e Hotel Ritz Four Seasons foram outros dos premiados na capital. Curiosamente, o Algarve tinha apenas um representante entre a elite da hotelaria portuguesa de 2003: o Hotel Quinta do Lago.
A lista completa dos 25 Garfo de Ouro de 2003, por ordem alfabética a partir das denominações comerciais da época:
O Guia Boa Cama Boa Mesa 2023, que conta com o apoio do BPI e do Recheio, vai estar disponível nas bancas, a partir de 31 de março, por €18,90. Pode, no entanto, desde já, aproveitar a campanha de pré-venda Boa Cama Boa Mesa, que inclui descontos e oferta de portes.
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