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Conheça as novas categorias do Prémio Nacional de Turismo com candidaturas abertas até 31 de maio

Lançamento do Prémio Nacional de Turismo na BTL
Lançamento do Prémio Nacional de Turismo na BTL
Matilde Fieschi

Turismo Azul e Turismo Comunitário são as novas categorias da 7ª edição do PNT - Prémio Nacional de Turismo. Apresentado na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), tem por objetivo distinguir o que de melhor se faz em Portugal no sector. As candidaturas decorrem até ao final de maio

Conheça as novas categorias do Prémio Nacional de Turismo com candidaturas abertas até 31 de maio

Dora Troncão

Jornalista

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A partir de 20 março e até 31 de maio estão abertas as candidaturas ao PNT – Prémio Nacional de Turismo 2025 em cinco categorias. Ao Turismo Autêntico, Turismo Gastronómico e Turismo Inclusivo adicionam-se, nesta sétima edição, duas novidades: Turismo Azul e Turismo Comunitário.

O Turismo Azul procura premiar projetos turísticos onde o elemento Água é parte integrante do modelo de negócio, seja através dos ambientes aquáticos naturais como o mar, os oceanos, zonas costeiras, rios, lagos ou albufeiras. Pretendem-se projetos que reforcem a atratividade turística do destino, contribuindo para a redução da sazonalidade e para uma melhor gestão dos fluxos turísticos.
Abarca ainda as estruturas artificiais com tratamento de água que criem atrações aquáticas sustentáveis, promovam o uso sustentável dos recursos hídricos, sem os comprometer e preservando os ecossistemas, nomeadamente os marinhos e costeiros e a educação ambiental. Procura também distinguir os projetos que fortaleçam as economias locais, contribuindo para a preservação dos recursos a longo prazo, biodiversidade e os habitats aquáticos, e em particular, o recurso Água.
Quanto ao Turismo Comunitário, premeia projetos que impactem positivamente a melhoria da qualidade de vida da comunidade onde estão inseridos, estimulem a colaboração e a comunicação entre a comunidade local e os turistas. Para concorrer a esta categoria, os projetos devem promover medidas e benefícios com impacto a longo prazo na comunidade residente, em particular nos grupos mais vulneráveis. Deve ainda contribuir para sensibilização e integração dos visitantes na comunidade onde o projeto se insere, além de promover o conhecimento e respeito pela autenticidade, história e cultura.
Podem ainda concorrer à nova categoria, projetos que promovam transformações reais no território em prol da comunidade, fortalecendo o sentimento de pertença e coletividade de quem aí vive, assim como todos os que valorizem a experiência turística, respeitando as tradições e dando a conhecer a história e a cultura.
As restantes categorias que têm permanecido desde a primeira edição do PNT referem-se ao Turismo Autêntico que reconhece projetos que focam a valorização do património, recursos naturais e o saber-fazer que distingue Portugal. O Turismo Gastronómico, naturalmente, diz respeito a projetos que promovem a gastronomia local e/ou regional, valorizando os produtos endógenos, enquanto o Turismo Inclusivo foca projetos que comprometidos em garantir que todos os turistas, independentemente de condições físicas, sensoriais, cognitivas ou outras, possam desfrutar das riquezas culturais e naturais do país, criando experiências turísticas acessíveis, acolhedoras e que criem memórias duradouras.
Promover, incentivar e distinguir as melhores empresas, práticas e projetos do sector em Portugal é o grande objetivo do PNT - Prémio Nacional de Turismo, uma iniciativa do Expresso e do BPI. Conta com o alto patrocínio do Ministério da Economia e do Mar, com o Turismo de Portugal como parceiro institucional e com a Deloitte, enquanto knowledge partner.
Nesta sétima edição do PNT pretende-se premiar os negócios e/ou projetos portugueses que se distingam como casos de sucesso, enquadrados nas categorias de Turismo Autêntico, Turismo Gastronómico, Turismo Inclusivo, Turismo Comunitário e Turismo Azul e distinguir uma Personalidade pelo contributo para o sector.
As candidaturas devem ser efetuadas exclusivamente online, na página do Prémio Nacional de Turismo, após efetuado o registo na plataforma de candidaturas.
Prémio Nacional de Turismo
Matilde Fieschi

Turismo com valor para todos

Este é um “momento de celebração do setor do turismo, da qualidade, excelência, autenticidade, inovação e inclusão”, destaca Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, na apresentação da 7.ª edição do PNT, destacando a superação da barreira histórica de “27 mil milhões de euros de receitas de que Portugal beneficiou em resultado da atividade turística”. O valor representa “quase 10% do PIB nacional, mais do que um PRR, e isto acontece todos os anos”, sublinha.

“Estamos num momento de criação de uma estratégia nova, para 2035, uma visão a 10 anos, mas que possa ser ajustada à rapidez com que o mundo muda rapidamente” destacou o responsável, apontando para os pilares do setor: “empresas, organizações públicas, numa parceria público-privada que penso será a que mais sucesso terá em Portugal”, apontou, sublinhando a importância estratégica de “penetrar nos mercados internacionais e apresentar uma proposta de valor mais autêntica e genuína, capaz de vencer pela qualidade e não pelo preço” e focando ainda as “420 mil pessoas” que trabalham no setor.

“Aquilo que nos move é criar valor para as comunidades, residentes e aqueles que vivem em Portugal porque o turismo é um instrumento que temos para melhorar a qualidade de vida das pessoas” o que só se consegue criando mais valor que possa ser distribuído “de forma mais justa, equitativa, chegando a todos os territórios e a todos. Não tenho dúvidas de a grande ambição do setor é construir um turismo com valor para todos”, concluí.

Prémio Nacional de Turismo
Matilde Fieschi

Diamizar, modernizar e estimular o setor

A abertura do evento de lançamento do PNT 2025 ficou a cargo de Ana Rosas Oliveira, Administradora BPI que fez questão de “valorizar o extraordinário contributo da BTL”, uma Feira em que “sente-se o turismo, a vida, a motivação e o impacto em termos do nosso país”. “O BPI tem uma parceria estratégica com a BTL deste 2016 e renovámos a nossa posição de banco oficial da BTL, o que é mais uma evidência do nosso compromisso e a forte ligação com o setor do turismo”.

Ana Rosas Oliveira salientou ainda que “o BPI apoia empresas, projetos e profissionais na concretização dos seus projetos, contribui há décadas para a dinamização, digitalização e modernização, transformação e crescimento sustentável do setor do turismo”. Assegurou também que o BPI “apoia e continuará a apoiar o turismo, a apostar no setor, financiar, divulgar, estimular e premiar todos os projetos com impacto no nosso país e que nos tornam diferentes”.

Desafios para os próximos 10 anos

Seguiu-se um debate subordinado ao tema dos “Desafios para os próximos 10 anos” que contou com a presença de Elsa Marçal, Vogal da Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal e dois dos premiados do PNT em 2024. O Parque Biológico Serra da Lousã, representado por Fátima Ramos, que abordou o Turismo com propósito social (Prémio Turismo Inclusivo 2024), e Oh My Cod Food and Cultural Tours (Prémio Turismo Gastronómico 2024) apresentado por Sílvia Olivença. A moderar o debate esteve Ricardo Costa, Chief Content Officer Impresa que referiu a “grande satisfação na associação do Expresso, mais uma vez, a esta iniciativa”. O Prémio Nacional de Turismo, referiu, “já se transformou num evento anual da BTL e de todo o ecossistema do turismo em Portugal e da economia portuguesa. Todos os anos quando os prémios são lançados vemos o seu contributo para o PIB e todos os anos melhorando e expandindo, do ponto de vista quantitativo como também qualitativo”.

Relembrou ainda que “Portugal tem conseguido melhorar e absorver uma quantidade que muitos entendiam não ser possível, de número de turistas, equipamentos, empregados, pessoas que trabalham no setor, empresários, capitais, tem havido procura para a quantidade e para a qualidade. No último verão foi evidente, houve muitas queixas sobre o preço, mas é uma boa notícia para o setor e para economia em Portugal”.

Sobre o Prémio Nacional de Turismo, Ricardo Costa salientou que “todos os anos são introduzidos novos prémios porque os projetos que estão a ser criados, em função das alterações da oferta e da procura do próprio setor, são projetos que merecem ser premiados, uma vez que são espaços e conceitos novos que o público e os turistas procuram. Para o ano aqui estaremos e já sabemos que este é um dos setores que certamente continuar a crescer. A economia portuguesa deverá ter um crescimento de 2,5% e já sabemos que havendo crescimento em Portugal o contributo do turismo lá estará. Para o ano, cá estaremos e provavelmente com novas categorias.”

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