Depois de uma votação disputada, a Adega S. Pedro no Porto foi a vencedora da primeira edição do Tascando Portugal, concurso que tem como mote “Quem não arrisca não petisca”. Casa Pereira e Tasquinha Rebelo, também no Porto, completam o pódio
A Adega S. Pedro (Rua Esteiro de Campanhã, 10, Porto. Tel. 225305009), na cidade do Porto, com “Ovos Rotos”, foi a vencedora da primeira edição do Tascando, concurso que procurava a melhor tasca das cidades de Lisboa e do Porto. Inspirada no brasileiro “Comida di Buteco”, criado em 2000, em Belo Horizonte, a eleição realizou-se entre os dias 10 e 26 de maio. Disputaram o prémio 39 espaços, que contaram com a votação do público e de um júri especializado.
Sobre a tasca vencedora, pode ler-se na página oficial do concurso que “é um espaço que está com o Sr. João desde 2019, mas já existe há mais de 50 anos. Casa regional com comida típica portuguesa num ambiente familiar, acolhedor e muito agradável. O preço dos petiscos pode ir até aos €10, mas as refeições variam de €10 a €15. Mais direcionado para jantares e almoços, tem salgadinhos diversos, presunto e ovos rotos, que são uma das especialidades da casa. Vinhos diversos a regarem o pasto”.
Em segundo lugar ficou a Casa Pereira (Rua Cimo de Vila, 64, Porto. Tel. 919525058) com uma proposta de “Iscas de Fígado”. Na descrição refere-se que a casa é administrada pelo “Sr. Pereira, desde 1987, mas existe desde 1948, com o seu antigo patrão. Também um lugar familiar que atravessa várias gerações. Por serem caseirinhos, os petiscos são muito procurados, tais como, as iscas de bacalhau, os pratinhos de bacalhau frito, de iscas de fígado, de bucho, de orelheira, bifanas, presunto, papas de sarrabulho (só ao sábado), tripas enfarinhadas, etc.. Sai bastante de tudo e tudo bem regado com o vinhinho da casa e outros!”
A Tasquinha Rebelo (Rua de Miraflor, 1, Porto. Tel. 225360815) conquistou, com “Bacalhau à Gomes de Sá”, o terceiro lugar. Espaço de pequenas dimensões e “familiar, acolhedor que transborda simpatia, boa disposição e onde a arrogância não entra, tem petiscos variados, mas parece que as pataniscas, as moelas e as tábuas de queijo e presunto são de comer e chorar por mais! Outros petiscos abundam e têm nomes muito originais como “Pita Ardida”, “Pau Teso”, “Lambidela”, “Quecas Panadas”, “Pila Murcha”, “Come-me o Queijo”, Colhões de Velhinho”, entre outros petiscos”.
O Porto conquista também a quarta posição, com as “Sardinhas Assadas com Salada” da Tasquinha dos Guindais (Escadas dos Guindais, 34, Porto. Tel. 939051071). Considerado “um espaço familiar que nasceu numa divisão da casa que era dos pais da D. Adilia. Bem acolhedor pelo pequeno espaço interior e pelo atendimento, esta tasquinha é gerida pela D. Adília, o seu marido, o seu filho e ainda um amigo que também dá uma ajuda! Situada na zona histórica da cidade, servem-se refeições de comida tradicional e petiscos caseiros que saem bastante, tais como, as pataniscas, os bolinhos de bacalhau, o chouriço assado no fogareiro, alheirinha, sardinha assada e outros também na brasa”.
Na primeira edição do Tascando em Portugal, foi ainda entregue um troféu ao quinto classificado. O último premiado foi a Imperial de Campo de Ourique (Rua Correia Teles, 67, Lisboa. Tel. 213886096), que concorreu com uma “Chanfana”. Fundada em 1947, “por dois irmãos, o Sr. Manuel e o Sr. José, que vieram do Minho para Lisboa. Como casa típica de comida tradicional portuguesa, têm especialidades como a lampreia, o sável, o cabrito, o bacalhau à moda do Minho, a língua de bacalhau, a dobrada e o cozido à portuguesa”.
Entre os dias 10 e 26 de maio, as 39 tascas em Lisboa e no Porto, que empregam 150 colaboradores, receberam mais de 100.000 pessoas, tendo existido um incremento médio de 20% na faturação das tascas participantes, gerando uma cadeia de valor de mais de 3 milhões de euros.
Miguel Moreira, Coordenador do Tascando afirmou que “A adesão do grande público excedeu em larga margem a nossa expectativa para esta primeira edição". Lançando o mote para a 2.ª edição, queremos aumentar o número de tascas participantes para levar este conceito a mais consumidores e, consequentemente, conseguirmos enaltecer os sabores da “comida caseira” que são parte do nosso património cultural e gastronómico.”
A avaliação das tascas teve diferentes parâmetros tais como o atendimento, o serviço da bebida, a higiene do estabelecimento e, naturalmente, o próprio petisco ou prato, com 70% no peso da votação, tendo as outras categorias um peso de 10% cada uma. O júri e o público tiveram, cada um, 50% do peso dos votos, sendo que o voto popular foi realizado por urnas de voto presentes nas 39 tascas aderentes.
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