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Sarcocórnia, ínula ou suaeda? Há mundo novo de plantas comestíveis para descobrir no Samouco

Salina Greens
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Quase extinta, a salicultura na margem sul do Tejo, mais precisamente no Samouco, em Alcochete, ganhou nova vida associada à busca por uma alimentação mais saudável: as plantas halófitas, como a salicórnia e o sal vegetal.

Na margem do rio Tejo e visíveis a partir da Ponte Vasco da Gama, as Salinas do Samouco são o exemplo vivo daquela que foi, durante muito tempo, a principal atividade económica de Alcochete: a salicultura. Hoje, protegida, a salicultura e o património natural desta zona ribeirinha ganhou nova vida e atração, onde os rosados flamingos foram protagonistas. Ao chamarem a atenção para este território ajudaram a transformar as salinas em local de descoberta e de lazer. Constituído por uma área de 360 hectares, o Complexo de Salinas de Samouco é um local de alimentação, refúgio e nidificação para milhares de aves que pode ser visitado, por marcação. Além de um passeio guiado pode ainda contactar com os burros mirandeses, que ajudam na manutenção. Existem pequenos percursos devidamente assinalados que podem ser percorridos de forma autónoma, basta chegar ao espaço da Fundação para a Proteção e Gestão Ambiental – Salinas do Samouco, instalada no Palácio dos Pinheirinhos (Complexo das salinas do Samouco. Tel. 212348070).

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Frescos, infusões e sal vegetal

É na loja da Fundação Salinas do Samouco que vai encontrar a surpreendente oferta de plantas halófitas comestíveis, um admirável mundo novo que ganhou ainda maior projeção devido aos novos hábitos saudáveis alimentares. Os petiscos entre amigos querem-se bem salgadinhos, mas que não façam mal à saúde. Tempere a salada com um arbusto, o suaeda, disponível todo o ano no complexo das salinas do Samouco. Além de ser rico em vitamina C, também contém muita fibra. É um dos legumes salgados desenvolvidos pela empresa Salina Greens. Também a sarcocórnia, conhecida como feijão-verde-do-mar, bem crocante, está disponível todo o ano e é muito saborosa quando confecionada com arroz, ovos e massas.

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O verão é a época áurea da salicórnia. Já mais familiar nas cozinhas de hoje, este espargo-do-mar substitui o sal em qualquer confeção. Até ao mês de julho prove o espinafre-do-mar, poderoso antioxidante para saltear com azeite e alho. Para a crown daisy ou crisântemo, com leve sabor apimentado, tem de esperar até dezembro. A lista de frescos é quase interminável, mas a Salina Greens dispõem ainda de infusões, com destaque para a “detox com sarcocórnia”, e variações de “sal vegetal”, ou seja, misturas de época de diversas plantas halófitas que se apresentam como substitutos saudáveis do sal. Todos estes produtos podem ser encomendados diretamente à Salina Greens (Tel. 211328077). 211328077

Este texto foi adaptado do Guia Portugal Secreto – Lisboa e Ribatejo, com produção Boa Cama Boa Mesa, oferecido com o Expresso na edição de 24 de junho 2022.

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