Miguel Araújo falou, em entrevista à BLITZ, sobre os desafios dos dois anos de pandemia e da paragem forçada dos concertos, destacando o “espírito muito solidário” das pessoas que seguem a sua carreira e, também, da comunidade artística portuguesa. “Senti da parte das pessoas que me acompanham muita disponibilidade para alinhar nos meus concertos online, com bilhete pago”, diz o músico, “quando editei o CD do ‘Peixe Azul’ foi bastante emocionante e comovente ver tanta gente a comprar”.
“Percebo que sejamos um país pobre, que não tem dinheiro para mandar cantar um cego… Por isso, não há maneira de manter uma atividade assim, ligada às máquinas”, acrescenta, sobre os apoios estatais direcionados à cultura que muitos consideram insuficientes, “agora, senti da parte da comunidade que me acompanha um espírito muito solidário”.
Sobre o facto de, por outro lado, os músicos portugueses participarem ativamente em iniciativas que visam chamar à atenção e ajudar determinadas causas sociais, Miguel Araújo diz ainda: “de facto, quando é preciso ajudar, a malta junta-se. Para quem gosta de cantar e tocar, é uma coisa que não custa absolutamente nada. E se pode fazer a diferença, é impossível estar a dizer que não”.
O músico falou, nomeadamente, sobre o concerto solidário pela Ucrânia, no qual participará e que decorre na próxima terça-feira, dia 15, na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto. “Vai haver aí um concerto com a malta toda para angariar fundos para se fazer qualquer coisa. É dessa maneira que eu sinto que posso contribuir”. Araújo lança na próxima segunda-feira “Chá Lá Lá”, o seu sexto álbum a solo.
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