Depois de, nos últimos meses, ter vindo a levantar o véu sobre o álbum de estreia de MXGPU com temas como ‘Take Me Home’, ‘The Fall’ ou ‘Little Love’, a dupla que junta Moullinex e GPU Panic fez “Sudden Light” chegar a público esta sexta-feira. No fim de semana, o disco é apresentado em duas festas de entrada livre: no sábado, os MXGPU atuam no Time Out Market, no Porto (15h), e no domingo na Casa Capitão, em Lisboa (17h). Com onze temas, “Sudden Light” é o culminar de uma colaboração, em palco e em estúdio, que se alonga há vários anos.
“O nome ‘Sudden Light’ indica uma transição. É, para nós, o assinalar do nascer deste projeto com uma mudança, súbita. Era importante assinalar um distanciamento dos nossos outros outputs individuais”, explica Luís Clara Gomes (Moullinex) em entrevista à BLITZ, “por outro lado, literalmente, é o início de um concerto nosso. Começa com um feixe de luz que se acende entre nós. Então, fazia todo o sentido chamar ‘Sudden Light’ ao disco para representar esse momento, em que a respiração quase se sustém e a música começa”.
Com canções prontas para a pista de dança e outras com uma respiração mais calma, o disco tem como principal elemento unificador, segundo Moullinex, a voz de Guilherme Tomé Ribeiro, que assina individualmente como GPU Panic. “Acima de tudo, é a voz do Gui, porque é comum a todas as músicas, exceto um instrumental. Depois, se calhar, também acabo por pôr alguma da minha personalidade melódica e harmónica, e alguns tiques de produção aos quais tentei fugir muito, para termos uma identidade própria. Mas acho que, de uma forma mais ou menos literal, as nossas personalidades musicais estão muito presentes”.
“Embora a minha voz seja, realmente, uma constante, a forma como me exprimo numa língua que não é a minha língua nativa, com esta orientação do Luís, faz-me desbravar caminho como cantor”, acrescenta GPU Panic, “olhando em retrospetiva, sinto mesmo que, embora venha de mim, é uma voz que nos representa. Não estou a cantar por mim nem é uma coisa que só sai de mim, estou a cantar uma união de duas vozes da qual só sou o veículo para que seja ouvida”.
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