Salvador Sobral defendeu a exclusão de Israel da próxima edição do festival da Eurovisão.
Em entrevista à TSF, o músico, que venceu o concurso em 2017, lamentou a dualidade de critérios da organização da Eurovisão, que excluiu a Rússia devido à invasão à Ucrânia mas manteve Israel apesar da guerra em Gaza.
“Desde que o genocídio é declarado, é óbvio que Israel não pode estar na Eurovisão a cantar canções de circo”, disse. “Quando começou a invasão da Ucrânia, todos os países na Europa começaram logo com sanções à Rússia; com Israel é o contrário, não se percebe porquê, há uma impunidade”.
Salvador Sobral mostrou-se ainda contra quem crê que música e política não devem ser misturados: “Não podia estar mais em desacordo. Toda a arte é política e obviamente que se deve misturar, o homem é a sua arte e deve falar-se das convicções de cada autor nas obras que faz. Porque isso está tudo presente na arte, a arte também é política”, explicou.
A União Europeia de Radiodifusão ainda não tomou uma decisão quanto à participação ou exclusão de Israel da próxima edição do festival da Eurovisão. Já quatro países ameaçaram boicotar o evento caso Israel participe: Espanha, Eslovénia, República da Irlanda e Islândia. Portugal, para já, ainda não garantiu a sua participação.
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