Variado na estilística ‘indie’, o festival de Paredes de Coura recebeu ao segundo dia uma proposta diferente, quando o dia se fez noite: perante uma multidão pouco conhecedora - porventura aguardará pela chegada da cantora inglesa Lola Young, cabeça de cartaz do serão - Mike Hadreas, nome artístico de Perfume Genius desde 2010, entregou-se a um espetáculo com tanto de físico como de cerebral. Pop barroca cintilante e glamorosa? Porque não?
Rita Sousa Vieira
Musicalmente, este é um dia estranho no festival de Paredes de Coura: com uma artista acabada de chegar à ribalta como cabeça de cartaz - Lola Young, do sucesso ‘Messy’ -, a ‘ditadura’ da pop radiofónica e de origem ‘digital’ pressente-se: alguém como Perfume Genius, que lançou o seu primeiro álbum em 2010, parece quase um vulto de outros tempos, sem muleta infalível que o segure. Exageramos um pouco, talvez: Mike Hadreas e sua banda ocupam o palco principal à ‘hora de jantar’ e, mesmo estando muitíssimo preenchido, percebe-se que nem toda a gente está ‘aqui’. E, no entanto, algo acontece.
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