“Adilson” é o título da primeira ópera dirigida por Dino D'Santiago, com libreto de Rui Catalão e direção musical de Martim Sousa Tavares. Estreia-se no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em setembro, e foi uma encomenda da bienal BoCA, cruzando história, cultura e identidade multicultural portuguesa.
Na ópera em cinco atos, acompanha-se a jornada de um homem nascido em Angola, filho de cabo-verdianos, que vive em Portugal há mais de 40 anos sem nunca ter obtido cidadania portuguesa.
“Chamado D’Afonsa pelos amigos, Nuno pela família, Adilson no passaporte, a sua vida desenrola-se entre salas de espera, processos adiados e um labirinto burocrático que o impede de ser plenamente reconhecido pelo país onde sempre viveu”, pode ler-se na apresentação do espetáculo, cuja história representa “milhares de pessoas deixadas nas margens do sistema” e culmina com o grito “Eu não sou português. Eu sou Portugal. Um país à espera”.
Injustiça social, discriminação, fragilidade e esperança são os temas da ópera que assinala, também, os 50 anos do fim da presença militar portuguesa em terras coloniais nos territórios africanos.
O espetáculo estará em cena a 12, 13 e 14 de setembro, respetivamente às 20h00, 19h00 e 17h00, e os bilhetes já estão à venda, custando entre 15 euros e 15 euros.
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