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“Parem de enviar mensagens a pedir-me para contactar o manager deles”: ex-baterista dos Pearl Jam faz pedido aos fãs

Dave Abbruzzese (à esquerda) com os Pearl Jam, em 1992
Dave Abbruzzese (à esquerda) com os Pearl Jam, em 1992
Gie Knaeps/Getty Images

“A água que passa por baixo da ponte corre demasiado gelada”. Dave Abbruzzese reagiu às esperanças alimentadas pelos fãs dos Pearl Jam de um regresso seu à banda depois de anunciada a saída do baterista Matt Cameron

Dave Abbruzzese respondeu aos fãs que têm alimentado esperanças de um regresso aos Pearl Jam, banda da qual foi baterista entre 1991 e 1994, depois de anunciada esta semana a saída de Matt Cameron. “Peço-vos, por favor, que parem de enviar mensagens a pedir-me para contactar o manager deles. Agradeço e entendo o vosso desejo de ver o que poderia sair dessa reunião musical. Estaria a mentir se dissesse que também não fico curioso”, assume o músico no final de uma longa mensagem partilhada no Facebook.

“Pensei que podia aproveitar esta oportunidade para partilhar alguns trabalhos meus, recentes e do passado, com todos aqueles que têm bombardeado o meu Facebook e Instagram com literalmente milhares de posts, mensagens e emails, na esperança de eu telefonar aos Pearl Jam e tentar reconciliar-me com eles”, começa por escrever Abbruzzese, que gravou dois dos mais celebrados álbuns com a banda, “Vs.” (1993) e “Vitalogy” (1994). “Para que fique claro: não há nenhuma reconciliação a fazer”.

Contextualizando a sua saída da banda, o baterista defende que foi “despedido”, mas que nunca culpou nem alimentou “ressentimentos direcionados aos membros da banda”. “Tive a bênção de participar em alguns projetos musicais notáveis com pessoas notáveis nos últimos 30 anos, pós Pearl Jam. Apesar de nunca ter entendido verdadeiramente porque foi tão importante destruir a química musical que tínhamos naquela época, é o que é e não há nada que possa fazer”.

“Parece que a banda amadureceu e cresceu tanto quanto eu, mas o facto de eu não ter qualquer contacto pessoal com nenhum deles leva-me a acreditar que a água que passa por baixo da ponte corre demasiado gelada para permitir qualquer reconexão ou reconciliação”, acrescenta ainda Abbruzzese, “é uma pena e entristece-me muito. Sei que poderia contribuir muito se efetivamente eles me ligassem, mas infelizmente não vejo isso a acontecer. Desejo continuado sucesso aos Pearl Jam e espero que um dia possamos novamente, de alguma forma, criar uma ligação”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MRVieira@blitz.impresa.pt

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