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O sangue, o suor e as lágrimas de FKA Twigs no Meo Kalorama: se “Eusexua” é isto, então o paraíso afinal é mesmo na terra

Meo Kalorama - FKA Twigs
Meo Kalorama - FKA Twigs
TOMAS ALMEIDA

Sensualidade, sensibilidade e violência cruzaram-se em palco na intensa hora que durou o espetáculo de FKA Twigs no festival lisboeta. Numa performance assente no álbum “Eusexua”, houve voguing e vénias a Madonna, houve acrobacias no varão e houve um ponto final que deixou meia plateia em lágrimas

Se, num dado momento, os bailarinos que acompanham magistralmente FKA Twigs em palco parecem uma sombra ou extensão da cantora, bailarina e atriz britânica, no instante seguinte a harmonia corporal desmorona-se e o enxame segue o seu caminho, deixando-a sozinha no centro do teatro de operações. Foi dessa batalha constante que viveu a segunda performance de Twigs em Portugal, primeira em Lisboa, encerrando a segunda noite de Meo Kalorama com chave de platina. Com “Eusexua”, o soberbo álbum que editou este ano, como mote, o espetáculo de uma hora poderia ter sabido a pouco, tendo em conta que era o seu nome que encimava o cartaz, mas cada segundo dessa hora, dividida em três atos, revelou-se uma gigante obra de arte: da marcha desalinhada de ‘Perfect Stranger’ às lágrimas de ‘Cellophane’, Twigs deixou em palco, qual ferida exposta, toda a dimensão emocional de canções que parecem tão humanas como alienígenas e são tão frágeis quanto perigosas.

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