“Romê das Fürnas”, álbum de estreia de Romeu Bairos, é mais do que música: é uma declaração de intenções. Desafiado por B Fachada, que produz e apadrinha o projeto, para gravar um disco “com sotaque”, o músico açoriano resolveu mergulhar nas tradições do arquipélago, nomeadamente na música das ilhas de São Miguel, Santa Maria e Terceira, para criar uma coleção que junta temas originais e temas populares. “O nome do disco já diz um bocado quem é o Romeu Bairos. Na verdade, o Romeu Bairos é o Romeu das Furnas, porque cresci nas Furnas, na ilha de São Miguel, o epicentro turístico da ilha que, ao mesmo tempo, também tem muita cultura”, começa por explicar Bairos numa conversa transatlântica, diretamente de São Paulo, onde se encontrava para assegurar a primeira parte de um concerto dos Linda Martini. “Estou a olhar para a metrópole de São Paulo e a dar uma entrevista para o Expresso, algo que nunca pensei… quer dizer, pensei que pudesse acontecer, mas parecia-me uma cena super distante. Tenho muita coisa para dizer e há muita coisa para ser dita nos tempos que correm”.
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