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Os Nine Inch Nails vêm aí outra vez: recordamos a história da vertiginosa descida ao abismo de Trent Reznor

Nine Inch Nails, 1994
Nine Inch Nails, 1994
TVT Records

Anunciaram esta semana uma digressão que passa a 12 de julho pelo festival NOS Alive, em Algés. A ‘Peel It Back Tour’, dos Nine Inch Nails, pede o seu nome emprestado a ‘March of the Pigs’, um dos pontos altos da obra maior da banda, “The Downward Spiral”, o álbum ondeTrent Reznor expõs a sua depressão ao mundo. Republicamos a história de um disco que vendeu 4 milhões de cópias por todo o mundo, inspirou fusões várias entre metal e eletrónica e pôs-nos a falar de saúde mental

I hurt myself today
To see if I still feel

1993 não foi um ano fácil para Trent Reznor. Apesar de uma sucessão de concertos memoráveis no itinerante Lollapalooza, onde o caos parecia ser a palavra de ordem (expresso, entre outras coisas, na destruição do seu próprio equipamento em palco), o eterno líder dos Nine Inch Nails não se sentia feliz. Pior: sentia-se como o Pink de “The Wall”, uma estrela rock alienada do seu próprio público, um homem que tanto desejou que o sucesso apagasse a sua normalidade que acabou destruído por ele. Sentiu demais para poder continuar a sentir. Após a digressão e o lançamento de “Broken”, EP cuja sonoridade viria a constituir-se como precursora do que se ouve em “The Downward Spiral”, entrou numa disputa acesa com a sua editora, a TVT Records (que o levaria a assinar pela Interscope), cedeu ao vício em drogas, lutou árdua e amargamente contra a depressão, e por fim mirou o abismo.

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