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“Dizem-nos constantemente que existimos no pior dos tempos”: Nick Cave aconselha fãs “receosos e deprimidos” com a chegada do novo ano

Nick Cave
Nick Cave
Getty Images

Nick Cave voltou a responder a mensagens dos admiradores, desta vez para falar de “esperança” no ano que agora começa: “é compreensível que se sintam alarmados com o corrente estado das coisas”

Nick Cave deixou conselhos aos fãs que se sentem “receosos e deprimidos” com a chegada do novo ano. Respondendo às mensagens de bom ano no site Red Hand Files, o músico australiano resolveu falar de “esperança”, dirigindo-se aos admiradores que lhe perguntavam onde encontrá-la num “mundo que parece estar num estado catastrófico”.

“É compreensível que se sintam alarmados com o corrente estado das coisas, receosos e deprimidos. Dizem-nos constantemente, sem esperança, que existimos no pior dos tempos, no fim dos tempos, realmente”, começa por escrever Cave, “muitos sentem-se impotentes face a essa terrível iminência – expressões como “Feliz Ano Novo” soam vazias, como ressaca de tempos melhores que já não voltam… aqui estamos no início de um novo ano e muitos, como vocês, sentem-se sem esperança”.

Continuando, o músico defende que “a esperança é essencial à nossa sobrevivência”: “conquistamos essa vitalidade de espírito rejeitando a implacável promoção do desespero e abrindo os nossos olhos para a beleza das coisas, por mais em perigo, degradado ou difícil de amar que o mundo nos pareça. Tentamos ver o mundo não como ele nos é apresentado e vendido, mas como imaginamos que pode ser. Não viramos a cara ao mundo, olhamo-lo diretamente e permitimos que o espírito da esperança nos inspire a agir”.

Dizendo que a esperança é “a energia da mudança”, Cave assume que também se deixou afetar pelo medo e tristeza nos últimos dias de 2024, mas que a convivência com o neto bebé no Natal mudou o seu estado de espírito. “Magistral na sua cadeira alta, vi-o ser alimentado pelos pais e a questão que me colocaram desfez-se na visão daquele pequeno rapaz, com a cara coberta de abacate. Uma afirmação radiante dessa pequena palavra – esperança. Nesse dia de Natal, vi a vitalidade da esperança em ação”.

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