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BLITZ 40 anos: “Não há história da música em Portugal nos últimos 40 anos que se faça sem a BLITZ”, Pedro da Silva Martins

Pedro da Silva Martins
Pedro da Silva Martins
Rita Carmo

Em contagem decrescente para a grande festa do 40º aniversário da BLITZ, pedimos a músicos, promotores e jornalistas que resgatem recordações de quatro décadas de história. “Que continue a dar-nos música por muitos e bons anos”, afirma Pedro da Silva Martins, dos Cara de Espelho e ex-Deolinda

BLITZ 40 anos: “Não há história da música em Portugal nos últimos 40 anos que se faça sem a BLITZ”, Pedro da Silva Martins

Rita Carmo

Fotojornalista

No momento em que entramos em contagem decrescente para a grande festa dos 40 anos da BLITZ, na Meo Arena, em Lisboa, a 12 de dezembro – com concertos de Xutos & Pontapés, Capitão Fausto, Gisela João e MARO –, pedimos a músicos, promotores, jornalistas, radialistas e outras personalidades que vão ao baú resgatar memórias de quatro décadas de história, deixando-nos, também, uma mensagem para o futuro.

Pedro da Silva Martins, dos Cara de Espelho, recorda-se de “folhear o BLITZ na papelaria da Dona Lurdes, na minha rua da Damaia”. “Alguns colegas da escola mencionavam o jornal e eu já andava curioso. Convenci os meus pais a comprarem o jornal e, a partir daí, tornei-me leitor assíduo da BLITZ”, diz. “Ainda era em formato jornal, que não dava jeito nenhum para um miúdo de 9 anos ler. Lembro-me perfeitamente de estar sentado na esplanada do restaurante dos meus pais com o meu irmão e os meus amigos, todos debruçados sobre a mesa a ler e a comentar as notícias e as trocas de mensagens”.

Para o músico, a BLITZ foi “muito importante numa fase inicial da carreira de Deolinda". “Ajudou a divulgar o nosso trabalho, que até então era desconhecido”, conta. “Sempre sentimos o cuidado e a atenção por parte da BLITZ no acompanhamento do nosso trabalho, tanto com a banda como a título pessoal. Essa ajuda ainda hoje é vital, no que toca, por exemplo, aos Cara de Espelho. Sem a BLITZ, a divulgação de uma banda nova (numa imprensa que hoje praticamente ignora a música) seria muito mais difícil”.

A sua faceta de melómano também foi “profundamente marcada” pela BLITZ. “Conheci muitos artistas e bandas que de outra forma seria impossível ter conhecido. A possibilidade de entrar no mundo e na cabeça deles, através das entrevistas ou das reportagens da BLITZ, ensinou-me não só a formar-me como pessoa, cidadão e músico, mas também, aprendi muito a ouvir música lendo a BLITZ”. “Não há história da música em Portugal nos últimos 40 anos que se faça sem a BLITZ”, acrescenta. “Na música e não só: quem, daqui a 300 anos, quiser fazer um retrato profundo da música, da cultura, da sociedade, do país e até do mundo, nestes 40 anos, tem na BLITZ um manancial bibliográfico de valor incalculável”.

Para o futuro, Pedro da Silva Martins deixa um simples pedido: “Que continue a dar-nos música por muitos e bons anos”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pacecilio@blitz.impresa.pt

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