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Catálogo dos Pink Floyd poderá ser vendido por 400 milhões de euros

Pink Floyd em Londres, 1971
Pink Floyd em Londres, 1971
Getty Images

Um dos catálogos mais cobiçados do rock poderá vir a ser vendido à Sony Music, e por um valor astronómico, escreve esta sexta-feira o “Financial Times”, citando fontes próximas do processo. A animosidade entre alguns dos músicos dos Pink Floyd, porém, está a dificultar o negócio

Catálogo dos Pink Floyd poderá ser vendido por 400 milhões de euros

Lia Pereira

Jornalista

As negociações para a venda do catálogo dos Pink Floyd à Sony Music estão a decorrer a bom ritmo, e poderão render aos atuais detentores da obra cerca de 400 milhões de euros, noticia o “Financial Times” esta sexta-feira.

Citando fontes próximas das conversações, o jornal escreve que o acordo tem sido dificultado pelos desentendimentos entre os músicos da banda, em particular David Gilmour e Roger Waters. Em entrevista recente à “Rolling Stone”, Gilmour admitiu que “livrar-se” do catálogo dos Pink Floyd seria “um sonho”, e não por motivos financeiros. Aos 78 anos, o músico garante que gostaria de se afastar do “lamaçal" em que esta questão se transformou, mas que o veto de uma das pessoas envolvidas, que não identificou, complicava o processo.

Depois de editoras como a Warner Music e a BMG terem mostrado interesse em adquirir um dos catálogos mais cobiçados da música popular, em 2022, a Sony Music parece estar bem posicionada para garantir os direitos de canções como ‘Wish You Were Here’ ou ‘Another Brick in the Wall’, avança o “FT”, citando fontes próximas do processo.

A Sony Music está também em negociações para comprar os direitos da obra dos Queen, depois de há três anos ter adquirido o catálogo de Bruce Springsteen por 500 milhões de euros, com o apoio da empresa Eldridge Industries. Bob Dylan e Neil Young são outros dos artistas que, nos últimos anos, venderam os direitos da sua música.

Além de David Gilmour, cujos representantes, contactados pelo “FT”, declinaram comentar a notícia, e de Roger Waters, cuja equipa não respondeu aos mesmos contactos, os Pink Floyd incluem ainda o baterista Nick Mason, bem como os herdeiros do teclista Richard Wright, falecido em 2008, e de Syd Barrett, um dos fundadores da banda, desaparecido em 2006. Também a Sony Music preferiu não comentar o alegado negócio em curso.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt

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