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André 3000 no Vodafone Paredes de Coura: três mil maneiras de escrever ‘falhanço’

André 3000 no Vodafone Paredes de Coura
André 3000 no Vodafone Paredes de Coura
Hugo Lima/Vodafone Paredes de Coura

Um dos nomes mais esperados do primeiro dia do Vodafone Paredes de Coura era André 3000, homem que procura largar o seu passado no hip-hop dos OutKast para se dedicar, agora, à música de origem jazzística. O problema: nem ele é bom nisso nem o público do festival quis saber

Em 1980, Jon Hassell lançou um álbum com Brian Eno - “Fourth World, Vol. 1: Possible Musics” - onde explanou o seu conceito de “música do quarto mundo”, melhor entendida como uma fusão entre o primitivo e o futurista, entre as músicas ditas “étnicas” e a instrumentação moderna, entre instrumentos tradicionais e técnicas ocidentais. André 3000 (que não se deixou fotografar pelos órgãos de comunicação social presentes no Vodafone Paredes de Coura, o que lamentamos), a julgar por “New Blue Sun”, o disco que lançou em 2023 e que o viu trocar os versos do hip-hop que fazia nos OutKast pela flauta e por territórios new age, poderia muito bem ser um discípulo de Hassell: em palco, nomeadamente no do festival Vodafone Paredes de Coura, onde atuou esta quarta-feira, o que se escuta parece vindo de uma tribo perdida, adaptado para um contexto moderno.

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