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Travis Scott na Meo Arena: a montanha pariu alguma coisa, só não sabemos muito bem o quê

Travis Scott em Milão, a 23 de julho
Travis Scott em Milão, a 23 de julho
Getty Images
Muito fogo, muito mosh, sangue, suor e lágrimas a rodos ajudarão a contar a história do primeiro dos três concertos de Travis Scott em Lisboa. Fica para a memória futura, sem dúvida, mais pela dedicação do público do que por aquilo que o rapper norte-americano trouxe para oferecer

O entusiasmo gerado em seu redor é suficiente para ser medido na escala de Richter e o artista sabe bem como aproveitar-se dele. Um fenómeno real e inegável. Mas será que Travis Scott tem argumentos suficientes para apresentar que justifiquem tudo isso? Se tínhamos dúvidas antes, depois da primeira de três noites de atuações na Meo Arena, em Lisboa, ficámos ainda com mais. Picando a discografia de altos e baixos do rapper norte-americano, encontramos um punhado de êxitos – ‘Sicko Mode’ e ‘goosebumps’ à cabeça –, mas deparamo-nos com não poucos decalques de coisas que Kanye West fez muito mais bem feitas, antes de descompensar de vez, e, principalmente, com uma vontade megalómana de se fazer maior do que é. “Utopia”, o álbum que deu origem à digressão “Circus Maximus”, que agora aterrou em solo português, teve um sucesso relativamente modesto quando comparado com o antecessor, “Astroworld”, isto apesar das colaborações de luxo que inclui: de Beyoncé a Weeknd, passando por Drake, SZA, Future, Bad Bunny, Future, Kid Cudi, James Blake, 21 Savage… Nenhuma destas considerações, contudo, demove ou tem intenção de demover o amor e a devoção do batalhão de 20 mil seguidores que hoje acorreu à sala do Parque das Nações a que Scott chamará de casa até domingo. É a eles, principalmente a eles, que se deve o estrondoso sucesso do espetáculo.

Travis Scott não permitiu que o concerto na Meo Arena fosse fotografado pela imprensa

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