Vivian Wilson, filha transgénero de Elon Musk, reagiu às críticas feitas pelo pai durante uma entrevista com o psicólogo e comentador canadiano Jordan Peterson, alinhado com o conservadorismo.
Na entrevista, publicada no X, Musk referiu-se por diversas vezes à filha como um “ele”, usando o seu nome de nascimento e não o seu novo nome. Para o dono da Tesla, Vivian foi atacada “por um vírus woke”, acrescentando que Vivian nasceu “gay e autista”.
No Threads, rede social concorrente do X, Vivian, de 20 anos, respondeu dizendo ter sido ela a “renegar" Musk, e não o contrário. E desmentiu algumas das histórias contadas pelo bilionário, que disse que Vivian era, aos quatro anos, “fã de musicais” e que “escolhia roupas para o pai e dizia que eram fabulosas”.
“Isto é pura invenção e há uma razão para tal: ele não sabe como eu era em criança porque nunca esteve presente”, escreveu. “No pouco tempo em que esteve, gozava-me pela minha feminilidade e pela minha queerness”. Para Vivian, Musk está perdido “numa moca de cetamina, desesperado por atenção e validação por parte de um exército de incels [comunidade online de homens jovens, geralmente brancos e heterossexuais, normalmente associados a opiniões hostis em relação a mulheres e homens sexualmente activos] degenerados, que rapidamente lha oferecem”.
À NBC, Vivian explorou algumas das suas piores memórias de infância, dizendo que Musk gritava consigo por ter a voz demasiado aguda. “Era uma crueldade”, disse. “Acho que ele assumiu que eu não iria dizer nada, que não lhe iria responder. Mas se vai mentir, não vou deixá-lo sem resposta”.
Uma das maiores figuras a defender Vivian foi Grimes, ex-namorada de Elon Musk.
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