Dua Lipa teve uma sorte imensa. Quando “Future Nostalgia” saiu, no final de março de 2020, o mundo preparava-se para entrar em confinamento, para deixar momentaneamente para trás os momentos passados com os amigos junto de copos e sorrisos e danças fartas. Não se sabia quanto tempo se iria passar encerrado em casa, pelo que era preciso arranjar uma distração. E essa surgiu sobre a forma de um álbum que, como o seu nome indica, olhava para o passado ao mesmo tempo que preparava um futuro. Sorte aliada ao talento e ao instinto: Dua Lipa percebeu que havia espaço para voltar a reavivar não só a disco e o house como a própria filtragem desses dois géneros através das lentes de uns Daft Punk, o baixo borbulhando, o funk soando maquinal e branco. Dois anos depois de dose dupla em Portugal (Lisboa e Braga) o reencontro era esperado: é por ela que tanta gente acorreu ao Passeio Marítimo de Algés.
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