"Ninguém esperava aquele recreio, aquelas valsas picarescas, aquela embriaguez iluminada. Foi um corropio de gente, de instrumentos, de coreografias. A insanidade andou por lá, a clarividência espreitou, o sol pôs-se com pena de não ficar até ao fim - eram só sete, mas decretaram a noite. Os Arcade Fire nunca mais vão ser um segredo". As palavras de Sérgio Gomes da Costa no jornal BLITZ de 23 de agosto de 2005, são apenas um exemplo do muito que os melómanos portugueses escreveram sobre os Arcade Fire nesse ano em que os canadianos pisaram pela primeira vez solo nacional, para um concerto no festival de Paredes de Coura. Quem esteve, nunca mais esqueceu; quem esteve, passou a acompanhar a banda para onde quer que ela fosse, na ânsia de replicar tamanha experiência milagrosa, o momento em que um simples concerto de uma banda até então desconhecida tem o condão de mudar o mundo. Quase vinte anos se passaram desde essa catarse coletiva e vinte anos exatos se passaram desde que os Arcade Fire editaram “Funeral”, o seu álbum de estreia, com o qual deixaram de tocar em bares e salas de espetáculo mais ou menos adequadas e passaram a ocupar os palcos de grandes arenas e grandes festivais. Vamos reencontrá-los esta quinta-feira no primeiro dia do NOS Alive, em Algés.
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