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Ministra da Cultura lamenta morte da Fausto, cuja obra "fica para sempre ligada ao movimento de oposição ao regime ditatorial português"

"3 Cantos" no Campo Pequeno, Lisboa
José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto
22 Outubro 2009
"3 Cantos" no Campo Pequeno, Lisboa José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto 22 Outubro 2009

Dalila Rodrigues expressou em nota oficial o profundo pesar com o falecimento de Fausto Bordalo Dias, autor de um trabalho que fica como símbolo de resistência ao fascismo

A Ministra da Cultura expressou esta terça-feira em um comunicado o “profundo pesar” pelo falecimento do músico Fausto Bordalo Dias, “cuja obra fica para sempre ligada ao movimento de oposição ao regime ditatorial português e de resistência contra o fascismo”.

Sublinha que Fausto é “amplamente considerado como um dos mais criativos e expressivos criadores e intérpretes da música popular portuguesa” e destaca da sua obra os discos "Pró que Der e Vier" (1974) e "Beco sem Saída" (1975), “marcados pela experiência revolucionária”.

A esses, pode ler-se na nota oficial, "seguiram-se "Madrugada dos Trapeiros" (1977) e "Histórias de Viajeiros" (1979), que abre já caminho a "Por Este Rio Acima" (1982)".

Explica ainda que a obra emblemática do autor foi inspirada em "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto e diz mesmo que "o álbum é reconhecido como um dos mais importantes de toda a música popular portuguesa, sendo o primeiro de uma trilogia continuada em 1994 com "Crónicas da Terra Ardente", e, em 2011 "Em Busca das Montanhas Azuis", o seu último registo".

O comunicado finaliza, sublinhando que “tendo influenciado gerações de novos artistas, [Fausto] foi um músico pioneiro e renovador, cujo legado artístico é reconhecido pela forma como cantou uma parte fundamental da História portuguesa”. E conclui com uma citação direta de Dalila Rodrigues: “Fausto legou-nos uma das mais belas memórias de Abril, uma música sublime – “Por este rio acima/ Os barcos vão pintados/ De muitas pinturas”".

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