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Janita Salomé: “O Fausto era um falso sisudo, um homem cheio de humor e um músico restaurador”

Janita Salomé: “O Fausto era um falso sisudo, um homem cheio de humor e um músico restaurador”
foto António Laureano

Em declarações à BLITZ, Janita Salomé lamenta profundamente a perda de um grande amigo e de um “restaurador: alguém que renova sem perder a tradição, que cria algo novo, que devolve”

Janita Salomé: “O Fausto era um falso sisudo, um homem cheio de humor e um músico restaurador”

Lia Pereira

Jornalista

Janita Salomé lamentou, em declarações à BLITZ, a perda do seu amigo Fausto Bordalo Dias, que morreu esta segunda-feira, aos 75 anos.

“Tenho pena de ver desaparecer alguém tão importante para a música portuguesa, e um grande amigo”, afirma Janita Salomé. “O Fausto era um falso sisudo, um homem cheio de humor e, acima de tudo, um músico restaurador.”

Explicando o significado desta expressão, o músico ilustra: “Era um renovador, alguém que renova sem perder a tradição, que cria algo novo, que devolve.”

Recordando momentos curiosos passados com o amigo, Janita Salomé partilha: “Uma vez, há muitos anos, fomos à Galiza, eu, ele, o Vitorino e o Zeca [Afonso], e dormimos numa residência de estudantes, num ato de militância. E a certa altura começámos a fazer diabruras de rapazes, e não de homens adultos, e fomos apanhados por uns estudantes, e o Zeca ficou muito enfiado.”

“Tenho mesmo pena de ver partir alguém assim”, confessou ainda Janita Salomé. “Um dos grandes inovadores [da música portuguesa], um amigo, companheiro de vida e uma grande referência da nossa cultura, que eu admirava muito”.

Fausto foi vítima de doença prolongada. O seu velório realiza-se amanhã, terça-feira, na Voz do Operário, em Lisboa, das 18h00 às 23h00.

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