Fazendo um balanço provisório do primeiro fim de semana de Rock in Rio Lisboa no novo espaço, o Parque Tejo, Roberta Medina, diretora do festival, afirmou que o grande desafio desta mudança de localização foi “conhecer a casa nova” e, num segundo momento, criar um novo padrão de mobilidade.
Em entrevista à TSF, Roberta Medina lembra que a decisão de trocar o Parque da Belavista, onde o Rock in Rio Lisboa se realizava desde 2004, pelo Parque Tejo, que no ano passado recebeu a Jornada Mundial da Juventude, foi tomada “em muito pouco tempo”, mais precisamente há oito meses. “O terreno tinha infraestruturas muito recentes e a própria Câmara Municipal de Lisboa não tinha toda a informação mapeada”, diz.
“Passada essa fase, o grande desafio é a mobilidade. Estamos a estabelecer um novo padrão para grandes eventos em Portugal”, garante a empresária brasileira, destacando “o conforto e a beleza estonteante” do novo recinto, assim como “a experiência educativa para o público, que tem de entender que não dá para trazer o carro e deixar na porta da garagem do amiguinho, isso não funciona.”
Roberta Medina lamenta que, apesar da boa adesão do público aos shuttles, muitos espectadores tenham levado o automóvel para o Parque das Nações, estacionando não em parques oficiais, mas "no meio da rua ou em qualquer espacinho", o que “atrapalha a cidade. O caminho tem de ser através dos transportes públicos. O público precisa de entender que eventos de grande dimensão não se fazem em transporte privado”.
Também à TSF, a diretora do festival avançou que o Rock in Rio Lisboa irá recolher feedback do público, mas também das cinco juntas de freguesia e das duas câmaras municipais (Lisboa e Loures) impactadas pelo festival. “Este é um projeto coletivo, não podemos estar aqui a contragosto dos donos das casas e dos vizinhos”, justifica, mostrando-se confiante num futuro em que o Parque Tejo se torne “um ícone” da cidade de Lisboa.
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